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Percurso técnico e etapa maratona complicam pilotos no Rally dos Sertões


Ramon Sacilotti foi um dos que se acidentou hoje (foto: Theo Ribeiro/ www.webventure.com.br)

A quarta, e mais difícil etapa de todos os tempos do Rally dos Sertões aconteceu neste sábado (21), entre as cidades de Niquelândia (GO) e Paranãs (TO). Os pilotos encararam uma especial de 431 quilômetros e ainda 46 quilômetros de deslocamento inicial e mais 5 de deslocamento final.

A primeira moto, de José Hélio, largou às 7h05, seguido por Cyril Despres, Marc Coma, David Casteau e Jordi Viladoms.

“Foi uma etapa longa com muita pedra, mas o importante foi chegar sem problema”, disse Coma em sua chegada.

Além de um percurso repleto de obstáculos, com muitas trilhas e trial, num trajeto travadíssimo, os pilotos encararam a primeira Etapa Maratona do Rally dos Sertões, que é quando ninguém pode receber reparo mecânico no veículo. Após o fim da prova, os equipamentos ficam fechados no Parque de Apoio, sem direito à revisão. Aqueles que não tiverem condições de seguir na prova estão automaticamente desclassificados. Os que usarem apoio mecânico e reboque durante a prova, também. A única coisa permitida é limpeza dos filtros das motos.

Provavelmente por quererem poupar o equipamento, nove pilotos de motos desistiram de largar na especial deste sábado. Os pilotos Marek Dabrowski e Leandro Torres chegaram a largar, porém foram para Paranã por rotas alternativas.

Luís Cláudio Rodrigues, Carlo Collet e Marco Pereira tiveram problemas mecânicos. Outro problema encontrado por pilotos como Francisco Contardo, Sthênio Pessanha e Cristiano Batista foi com relação à localização. Eles se perderam por algumas vezes na rota, porém conseguiram voltar.

Mas a prova foi um pouco pior para três pilotos: Ramon Sacilotti, Juner Rockembach e Laerte Mazza Filho, que se acidentaram. Sacilotti sofreu uma queda e reclamou de fortes dores abdominais e foi levado pelo helicóptero para um hospital em Paranã. Laerte Filho não se machucou, mas não teve condições de continuar, e Rockembach foi levado pelo helicóptero com suspeita de fratura na clavícula.

Nos caminhões, a equipe Salvini Racing, de Guido Salvini, Fernando Chwaigert e Weidner Moreira deu adeus ao Rally. O trio se acidentou na especial de sexta-feira (20), quando entraram em alta velocidade numa curva não identificada na planilha e tombaram. Sem ferimentos, os integrantes tiveram que se despedir da prova graças à avarias irreparáveis no caminhão no que diz respeito à segurança.

“Vínhamos de uma longa reta com um piso bom para acelerar, estávamos a mais de 120 km/h, e aí apareceu essa curva. Não houve tempo para frear e o Guido jogou o caminhão para área de escape, que também era perigosa”, disse Fernando.

Lentidão – As dificuldades impostas pelo percurso mais técnico do Rally dos Sertões fez com que os pilotos demorassem muito a chegar. Os três primeiros na categoria motos chegaram por volta das 13h05, ou seja, seis horas após a largada, e foram Cyril Despres, Zé Hélio e Marc Coma.

As primeiras duplas dos carros a finalizarem a especial foram Giniel de Villiers/ Dirk Von Zitzewitz e Mark Miller/ Ralph Pitchford, ambas equipes oficiais da montadora alemã Volkswagen, que também completaram o percurso após seis horas de prova, por volta de 15h50.

Este texto foi escrito por: Lilian El Maerrawi