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Pesquisa mostra principais acidentes em escalada

Redação Webventure/ Montanhismo

Em média  20% dos acidentes de escalada poderiam ser evitados com o uso de luvas e nós no final da corda durante rapel. (foto: Marcelo Andrê)
Em média 20% dos acidentes de escalada poderiam ser evitados com o uso de luvas e nós no final da corda durante rapel. (foto: Marcelo Andrê)

Um estudo realizado no condado de Boulder, no Colorado (EUA), uma das regiões com mais atividade de escalada esportiva no mundo, mostrou quais são os acidentes e os motivos de resgate mais comuns no local. O trabalho realizado pelo Wilderness and Environmental Medicine Journal (Jornal de Medicina na Natureza e em Locais Selvagens), também indica algumas formas de se prevenir.

Entre os problemas mais comuns, a pesquisa indicou que 20% de todas as situações poderiam ser prevenidos se as pessoas fizessem um nó na ponta da corda durante o rapel, ou se utilizassem luvas de segurança para segurá-la.

As ancoragens, por sua vez, raramente apresentam falhas, correspondendo a apenas 2,5% das ocorrências. Em geral esse tipo de situação é causada por falta de experiência do escalador.

Outro tipo de acidente que se mostrou de simples prevenção foi a queda de rochas soltas, que correspondem a 4,5% do total de emergências. Essas ocorrências em geral estão ligadas ao ciclo de congelamento e descongelamento. Para evitar que um bloco se desprenda inesperadamente, recomenda-se checar as pedras no início da primavera.

Com relação aos resgates, descobriram que quase metade (45%) poderia ser evitado se os escaladores tivessem conhecimento prévio dos locais de ancoragem dos rapéis e das trilhas de saída. Além disso, muitos também se perdem por falta de preparo quando anoitece, o que poderia ser resolvido simplesmente com uma lanterna.

Entre as partes do corpo que sofrem ferimentos com mais frequência estão as pernas e tornozelos, que juntos correspondem a 30% dos casos. Os machucados na coluna e na cabeça estão empatados na mesma proporção, o que indica a necessidade dos praticantes terem conhecimento para improvisar talas e avaliar lesões na coluna.

Como os principais motivos que causam acidentes e demandam resgate na escalada esportiva estão mais ligados à ações dos próprios escaladores do que às condições específicas de cada lugar, os dados da pesquisa acabam servindo como referência para outros lugares no mundo, salvo certas exceções. No Brasil, até o momento não se conhece nenhuma iniciativa do gênero.

Este texto foi escrito por: Da Redação

Last modified: julho 19, 2012

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