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Pesquisadores do sono novamente no Ecomotion/Pro

Redação Webventure/ Corrida de aventura

Atletas em exame pós prova. (foto: Camila Christianini/ www.webventure.com.br)
Atletas em exame pós prova. (foto: Camila Christianini/ www.webventure.com.br)

Pesquisadores do Cepe (Centro de Estudos em Psicobiologia e Exercício), vinculado ao Instituto do Sono da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), vão usar o Ecomotion/Pro novamente como laboratório.

Os atletas de cinco equipes participantes da maior corrida de aventura da América Latina, que acontecerá entre os dias 02 e 08 de outubro nas Serras Gaúchas, servirão de “cobaias”. Eles vão passar por uma bateria de testes antes e depois do evento, além de serem monitorados durante os 444 km de desafios naturais da edição deste ano, durante os quais ficam até sete dias e seis noites sem dormir .

Influência da temperatura – A novidade deste ano será o estudo da relação entre sono e temperatura. A disputa nas Serras Gaúchas será bem diferente das edições anteriores do Ecomotion/Pro. O Rio Grande do Sul apresenta clima bem mais fresco do que o da Bahia, onde foram realizadas as provas de 2003 e 2004. “Além de tentar responder algumas questões que ficaram em aberto nos anos anteriores, vamos aproveitar para checar como a temperatura age sobre a fisiologia do sono”, diz Hanna Karen.

Serão quatro análises das condições dos participantes. A primeira – chamada basal – já está sendo feita. Consiste em uma bateria de exames com os atletas nas semanas anteriores ao Ecomotion/Pro. Já nas Serras Gaúchas, antes da largada, haverá outra série de testes.

Durante o percurso, será feito um acompanhamento nutricional. “E, após a prova, ‘raptamos’ os atletas e desenvolvemos exames de sangue e urina, além de avaliações clínicas e corporais. Depois, eles fazem uma refeição e vão dormir. Ao acordarem, são submetidos a uma nova bateria de exames”, sintetiza Hanna Karen.

Conclusões – O trabalho feito nas duas edições anteriores do Ecomotion/Pro já possibilitou algumas conclusões aos pesquisadores. Uma delas é a confirmação da função reparadora do sono. “Em quatro horas de sono eles recuperam aproximadamente 60% do que perderam nas provas”, afirma Hanna Karen. Mas, segundo ela, a conclusão mais interessante é que o exercício físico protege o indivíduo dos efeitos da privação do sono.

“Claro que a parte motivacional e a intenção de terminar a prova são importantes, porém o simples fato de fazer exercício ajuda os atletas a suportarem ficar tanto tempo sem dormir. Se eles ficassem em casa vendo TV, por exemplo, agüentariam, no máximo, três dias”, conclui Hanna Karen.

Este texto foi escrito por: Webventure

Last modified: setembro 24, 2005

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