Senti um misto de emoções quando vi o carro do (Giniel) Villiers em chamas. Foi assim que o francês Stephane Peterhansel descreveu a sensação vivida ao ultrapassar o sul-africano, até então líder do Rally Dakar. É claro que foi importante para mim na classificação geral, porque agora sou o novo líder, mas acho que ele não merecia viver isso, reconhece o piloto da Mitsubishi.
Campeão do Dakar em 2005, Peterhansel admite ter ficado com pena do companheiro de profissão. Ele estava fazendo seu melhor Dakar e pilotando maravilhosamente bem, avalia. Alguns quilômetros depois eu também levei um susto, e tive que parar por 15 minutos, para consertar o carro.
Até a largada nesta manhã, apenas a Volkswagen havia sentido o gosto de liderar o Dakar 2007. É maravilhoso ocupar a primeira posição, mas temos que terminar as próximas quatro especiais. A pressão está do nosso lado agora, completa o francês, com a experiência de quem já passou pela situação de não poder errar para ser campeão.
Novo vice-líder, o também piloto da Mitsubishi Luc Alphand lembrou que esta não foi a primeira vez que a Volkswagen falhou na hora H. No ano passado já tínhamos visto que as coisas podem mudar até a linha de chegada, diz, lembrando que a montadora alemã estava perto do título em 2006, porém fora ultrapassada pela Mitsubishi nas provas finais.
Ainda assim, Alphand adotou o discurso politicamente correto. Acho que nunca devemos comemorar a má sorte de outros, até porque o Giniel fazia um trabalho fabuloso. É claro que é bom para nós, mas não estou feliz com o que aconteceu para ele, acrescenta o atual campeão do rali, que aparece 7min50 atrás de Peterhansel no acumulado dos tempos.
Este texto foi escrito por: Redação Webventure
Last modified: janeiro 15, 2007