Vicente Neto deu início às discussões (foto: André Chaco/ www.webventure.com.br)
Durante o evento de apresentação do Rally Dakar 2011, que aconteceu na última quarta (26), em São Paulo, as dificuldades dos brasileiros em participar do maior rali do mundo, antes e depois das inscrições, estiveram entre os temas mais discutidos. Contando com a presença de Gregory Muraco, diretor de relações internacionais da ASO, os pilotos nacionais aproveitaram para dar sugestões ao representante da competição.
Impulsionados pelo questionamento sobre o benefício dado a pilotos franceses, feito por Vicente Neto, um dos competidores que participou da edição 2010 do evento, os brasileiros deram algumas opiniões ao diretor. Para Guilherme Spinelli, décimo colocado na classificação geral entre os carros no Dakar deste ano, os pilotos brasileiros necessitam de algumas facilidades.
Além de motivação, nós precisamos de facilidades. Uma das grandes dificuldades é o equipamento. Nossos carros são mais frágeis. Talvez, a organização precise ser mais flexível para que um maior numero de veículos complete todo o percurso, já que a maioria dos pilotos daqui querem apenas terminar e não competir, afirmou.
Dimas Matos, duas vezes participante do maior rali do mundo, apresentou outra reclamação. Para ele, é importante a facilitação na fronteira entre o Brasil e a Argentina, já que, muitas vezes, os carros e caminhões são impedidos de passar.
Diversas vezes, nós somos impedidos de cruzar a fronteira com a Argentina. Eu, por exemplo, em 2009, fui barrado em três locais diferentes até conseguir ir para o país vizinho. Há casos em que caminhões ficam dias para conseguir passar e só passam após pagarem para os agentes. Nós precisamos de alguém que fique lá para fazer esse intermédio, disse.
Comunicação – Para tentar contornar alguns dos problemas de comunicação com a organização, Gregory apresentou o novo responsável do Dakar no país: Renato Perotti. Trabalharemos com o Renato para estreitar as relações entre o Dakar e os pilotos brasileiros, explicou o diretor.
Este texto foi escrito por: Caio Martins