Marlon e Joseane Koerich (foto: André Chaco/ www.webventure.com.br)
Tanto nas motos quanto nos carros, os pilotos brasileiros terminaram muito bem o dia mais longo do Rally por Las Pampas, que nesta quarta-feira, teve total de 755,90 quilômetros, sendo 675,27 de trechos cronometrados.
Nas motos, José Hélio (Suzuki) novamente foi o primeiro entre os brasileiros que participam da disputa, com o quarto lugar na geral. Assim, conseguiu ampliar sua vantagem sobre o quinto colocado, o argentino Orly Terranova.
A especial foi bem rápida e muito bonita no trecho à beira mar. A maior dificuldade foi mesmo a distância. Tivemos muita navegação e também mudança de altitude. Aqui a gente não percebe quando muda, pois não tem serra. Só percebi quando o motor da moto perdeu rendimento. Não tenho mais chances de alcançar o terceiro colocado, agora é só administrar e chegar no final, explicou o piloto, que completará 27 anos nesta quinta-feira.
Outro piloto de moto que andou bem nesta penúltima etapa foi o paulista Carlos Ambrósio, que terminou em sétimo lugar. A prova foi puxada, bem rápida e também exigiu muita navegação. O primeiro trecho foi muito legal, deserto bem árido, no segundo tinha muita pedra e o terceiro foi o mais bonito, à beira mar, além de termos andado em uma mina abandonada, contou Ambrósio, que está em sua terceira participação no Rally por Las Pampas, além de ter feito sete Rally dos Sertões.
As duas duplas brasileiras na categoria carros, Luís Tedesco/Rogério Almeida e Marlon Koerich/Joseane Koerich, do Chevrolet Rally Team, apesar dos problemas, terminaram a especial mais longa do Rally por Las Pampas.
Hoje foi muito cansativo. Além de ter sido uma especial longa, o cansaço acumulado nesses dias pesa. A maior parte da prova foi rápida e o desafio maior foi mesmo a distância. Largamos em oitavo e conseguimos passar vários carros, até que nosso pneu furou. O difícil mesmo foi trocar o pneu a três mil metros de altitude, disse o navegador cearense Rogério Almeida.
Aproveitamos o final da especial para acelerar, mas entramos em um trecho do deserto com muitas pedras, que bateram no escapamento, que acabou quebrando uma das molas, disse o piloto, que está em segundo na categoria T1.5 e em quinto na geral.
Os irmãos Marlon e Joseane Koerich chegaram a Antofagasta sétima posição. A dupla andava bem quando o reservatório de água rachou e tive que parar para completá-lo. Depois, um pneu furou e houve vazamento de óleo na caixa de transferência.
Hoje o dia foi difícil, porque além da longa quilometragem, tivemos problemas com superaquecimento. A especial estava bem rápida, mais fácil do que a outra que enfrentamos no segundo dia de prova. Apesar de tudo, conseguimos terminar o trecho e cumprir o objetivo mais um dia, de levar as duas picapes S10 até Iquique, disse a navegadora Joseane.
Este texto foi escrito por: Fábia Renata
Last modified: março 15, 2006