Tempo fechado e chuva no caminho dos pilotos de moto (foto: David Santos Jr/ www.webventure.com.br)
Direto de Aracaju (SE) – Entre todos os sentimentos que pilotos de moto enfrentam no Rally dos Sertões 2007, frio era o último que eles esperavam. E há dois dias tem sido o principal problema dos competidores. Longe da proteção das cabines de carros e caminhões, eles sofrem com vento e frio desde a Chapada Diamantina.
Mais inusitado ainda é que na chegada em Aracaju, no litoral sergipano, foi onde eles passaram mais frio. Zé Hélio, líder na classificação geral, mal conseguia falar quando desceu da moto. Cheguei tremendo hoje. Pensei que nosso motorhome estaria aqui, mas ele ainda não tinha chegado. Tudo que queria era um banho quente e roupas secas, mas tive que esperar. Foi um deslocamento de 300 quilômetros agora, debaixo de água, contou o brasileiro.
Dimas Mattos também passou frio hoje, mas para ele, neste estágio da prova, tudo é motivo de festa. Esperava um calorzinho aqui em Aracaju. Esse frio é surpresa para mim. Tomamos chuva o dia inteiro hoje, mas foi bem vinda. Nessa altura do campeonato, faltando um dia para terminar, pode vir o que for que não tem problema, disse sorrindo o piloto.
Denilson Sela veio de Cuiabá, uma das cidades mais quentes do Brasil, para competir pela primeira vez o Sertões, certo de que iria encontrar calor. Enquanto estava quente eu me senti muito bem. Estou bastante acostumado. Mas esse frio atrapalha para pilotar. A mão fica dura, não dá para guiar a moto, complica em tudo, comentou. Essa especial foi completamente diferente das outras. Pegamos barro, piso escorregadio, chuva e frio. Não esperava, completou.
Este texto foi escrito por: Daniel Costa/ Webventure