Rio Grande (RS) – Os pilotos que disputam o Rally Rota Sul estão usando hoje um equipamento de guerra para conseguir chegar ao final do primeiro dia de prova, considerado um dos mais difíceis da competição. É impossível escapar dos trechos de areia sem o GPS (Global Positioning System), equipamento de navegação eletrônica por satélites inventado pelo sistema de defesa dos Estados Unidos e muito utilizado nos ataques de mísseis americanos na Guerra do Iraque.
A navegação por GPS e um grande trecho em areia são os fatores que tornam este rali diferente, disse o navegador Edgar Fabre, que forma com Reinaldo Varela a atual dupla campeã brasileira de rali cross country. Esta prova testará a calma e real eficiência da dupla, pois as decisões do caminho a seguir terão que ser feitas rapidamente. Se seguirmos por algum caminho errado, atolar na areia é quase certo, explicou. A dupla, que largou em segundo na etapa cronometrada desta sexta-feira entre Torres e Rio Grande, se perdeu na região de caminhos de areia. Foram vários minutos até voltar para a rota correta.
Se para quem vai de carro, a navegação é difícil, entre as motos o grau de dificuldade aumenta muito, principalmente quando é necessário o uso do GPS. Jean Azevedo, atual campeão brasileiro e com vários Paris-Dakar na bagagem, lembra que todo o piloto de moto precisa ter atenção redobrada, já que dirige e navega ao mesmo tempo.
Azevedo disse que o Rota Sul lembra o Paris-Dakar justamente por precisar do GPS. O aparelho é fundamental para nos guiar onde não existem referências visuais. A organização fornece os way points, que são os pontos de encontro da latitude e da longitude, para que possamos chegar no destino, explicou.
Os pilotos de moto têm ainda de conciliar as informações da planilha uma espécie de mapa usado pelos competidores do GPS e do hodômetro. Essas tarefas tornam a vida do piloto bem mais difícil. Quando se faz tudo isso ao mesmo tempo a mais de 120 quilômetros por hora em uma pista cheia de pedras e buracos, o risco de acontecer acidente é muito maior, disse.
Até pilotos experientes se dão mal quando a navegação é feita pelo GPS. Juca Bala, campeão do Paris-Dakar 2001, engrossou o número de vítimas na etapa de Torres e Rio Grande. Ele foi o primeiro a largar e se perdeu logo no início do trecho quando parou às margens de uma área alagada. Sem ter como seguir adiante, ele deu meia volta e tentou achar o caminho, mas para recuperar o tempo perdido acelerou ainda mais forte e acabou levando um tombo. Juca conseguiu se levantar e continuou na competição.
A etapa desta sábado do Rally Rota Sul vai de Rio Grande a Bagé. No roteiro, uma das mais belas construções do estado do Rio Grande do Sul: o castelo de Pedras Altas. São 48 cômodos construídos por volta de 1905. A competição volta para Rio Grande no domingo, quando acaba o evento. A premiação será na Festa do Mar.
Saiba mais sobre o GPS
– O GPS recebe informações de 24 satélites que viajam a uma velocidade de 7.000 milhas por hora e completam duas voltas ao redor da terra em menos de 24 horas.
– O GPS foi inventado pelo sistema de defesa dos Estados Unidos e até 1980 era usado apenas pelos militares. Depois os norte-americanos liberaram os serviços de satélites do GPS para civis.
– Os mísseis Tomahawk, muito utilizados pelos EUA na Guerra do Iraque, são guiados por informações geográficas fornecidas por satélites.
O Rally Rota Sul é organizado e promovido pela Dunas Race e tem supervisão da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA) e da Confederação Brasileira de Motociclismo (CBM). O patrocínio é da Volkswagen Caminhões e Ipiranga. Co-patrocínio: Citrus Real e BF Goodrich. Apoio: Nera, Rádio Eldorado, Estado do Rio Grande do Sul, Binotto, Brazul, Yassuda Seguros e site Webventure.
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Este texto foi escrito por: Ricardo Ribeiro/VipComm
Last modified: fevereiro 22, 2017