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Pilotos e navegadores esperam início difícil


Jean Azevedo acelera no prólogo. (foto: Luciana de Oliveira)

Para muitos competidores, o Rally Rota Sul será a chance de um recomeço no Campeonato Brasileiro de rali cross-country, já que o evento vale como segunda etapa desta disputa. “Estamos meio engasgados porque na etapa de abertura (Rali do Petróleo), a gente estava disparada na frente quando teve uma pane seca. Houve um erro de cálculo no combustível”, lembra Klever Kolberg, de Carros, que marcou o terceiro melhor tempo no prólogo desta quinta-feira, posição em que vai largar na primeira especial do rali, amanhã.

Para a categoria Caminhões, a prova será como se fosse a primeira do campeonato. “No Petróleo, todos os caminhões acabaram desclassificados por conta de um item de segurança. Só o caminhão Ford pontuou e ele não veio para cá”, lembra Luciano Cunha, atual campeão brasileiro.

Areia favorece – A expectativa do piloto para a prova gaúcha é grande. “Na areia, o caminhão anda muito bem, melhor do que o carro, por diversos motivos: a área do pneu é maior, o veículo tem um torque maior… onde carro atola, o caminhão passa tranqüilo. Pena que foi cancelada uma parte de areia, que virou serra”, descreve. “De qualquer forma, ninguém está livre de atolar, mas quem tem experiência de Sertões, do Jalapão, deve ir tranqüilo.”

Luciano comemora também o grid com sete caminhões: “A categoria está melhorando”.

Líder do Brasileiro nos Carros, a dupla Édio Füchter e Milton Pereira aposta no papel do segundo, o navegador, que será bastante exigido neste rali conforme a própria organização tem alertado. “Vamos precisar de muito cuidado nesta prova, lembrando que o navegador só aparece quando erra”, lembra Miltinho. “A qualidade da dupla é colocada à prova nos momentos críticos e quem está mais integrado leva vantagem”. Afinados, ele e Füchter até comemoram aniversário no mesmo mês: Miltinho assoprou as velinhas no último sábado; o piloto, ontem.

Saara – Jean Azevedo, o líder do Brasileiro em Motos, espera manter a boa fase iniciada já no ano passado, quando ele arrebatou o título brasileiro, e continuada em 2003 com o título por categoria no Dakar e vitórias nas duas etapas do Brasileiro já realizadas para motos: o Rali do Petróleo e o RN 1500.

“Será a minha primeira vez no Rio Grande do Sul, neste tipo de prova. Dizem que vai ter muita areia, eu já estou acostumado com isso por causa do Dakar. Vamos ver se tem um pouquinho do Saara aqui no Sul”, finaliza.

Este texto foi escrito por: Webventure