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Pilotos e navegadores falam sobre as dores depois do rali


Nilo de Paula. Para aliviar as dores tomo uma semana de cerveja. (foto: Samir Souza / Webventure)

Quem acompanha as provas de rali pelo Brasil afora e já viu imagens do interior dos carros durante as trilhas, deve ter percebido como o corpo dos pilotos e navegadores sofre com as grandes trepidações causadas pela irregularidade dos terrenos. Pedras, buracos, morros e riachos são apenas alguns exemplos dos obstáculos enfrentados pelos praticantes de rali.

Para manter ou melhorar a forma física para as provas, a maioria dos pilotos e navegadores faz musculação e condicionamento físico em academias. “Eu faço um pouco de preparação física para minimizar os problemas. Fisicamente, nós até podemos estar bem, mas a pancadaria é tão forte com as pedras, pulos e tudo mais, que não existe uma maneira específica para preparar o corpo para este tipo de situação. Só se eu tivesse um touro mecânico ou alguma coisa do gênero e casa”, brinca o piloto Fernando Moretti.

De acordo com os pilotos, as partes do corpo que mais sofrem depois das provas são as costas, o pescoço, os braços e as mãos. “Por causa do peso do capacete, o pescoço é uma parte que sofre bastante. Internamente, também dói tudo. Neste rali, por exemplo, parece que tudo dentro do corpo está se mexendo, chega uma hora que a gente chega a pensar que nosso corpo está desmontando”, diz o piloto Reinaldo Varela.

Técnicas para diminuir a dor – Para aliviar essas fortes dores, cada competidor tem a sua receita. Massagem, alongamento e analgésicos são os métodos mais comuns, mas alguns têm técnicas especiais. “Para aliviar, só dando uma namorada. Se der para dar uns beijinhos na boca, é o ideal. Eu trato só do “emocional” que o corpo vem atrás”, conta o piloto Paulo Nobre.

“Eu tomo uma semana de cerveja, que é a única coisa que me relaxa de verdade”, brinca o navegador Nilo de Paula.

Este texto foi escrito por: Samir Souza