Fabrício destacou o tamanho dos deslocamentos (foto: Theo Ribeiro/ www.webventure.com.br)
Depois da divulgação do roteiro da 18ª edição do Rally Internacional dos Sertões, que está marcado para os dias 10 a 21 de agosto, entre Goiânia (GO) e Fortaleza (CE), um dos fatos mais comentados pelos pilotos das quatro modalidades foi a quilometragem dos percursos. Com um total de 4.437 quilômetros, os deslocamentos e especiais dividiram opiniões entre os competidores do evento.
Para Reinaldo Varela, que correrá ao lado de Eduardo Bampi na categoria carros, os tamanhos das especiais serão menores do que ele esperava. O rali será um pouco mais curto. Eu pensava que seria maior, ainda mais porque eu gosto de provas mais longas. Mas está bom. O grid aumenta cada vez mais e isso que é positivo, disse o piloto, que participará pela 15ª vez do segundo maior rali do mundo.
Fabrício Bianchini, por outro lado, destacou o tamanho dos deslocamentos, já que esta é a parte em que os participantes das motos acabam sofrendo mais. Eu achei que diminuiu relativamente bem as quantidades de deslocamento e eu gostei muito de ter deslocamento no final e não no começo do dia. Isso porque nós chegamos mais preparados para a especial e conseguimos descansar no trecho final, explicou Fabrício, que pela quarta vez correrá com seu projeto de moto movida a álcool.
Entre os caminhões, Guido Salvini acredita que as distâncias serão perfeitas para o rali, principalmente por estarem estreando um novo veículo. As distâncias são muito boas. Quanto mais quilometragem houver, para nós, é melhor, porque o nosso caminhão é muito resistente. Agora, então, será melhor ainda, já que nós iremos com um caminhão novo. Há quatro anos nós corríamos com o Atego antigo e nós pegaremos um Atego novo, semelhante ao nosso, que dará muito trabalho aos concorrentes, afirmou.
Maratona – As disputas maratona do Rally do Sertões, que acontecerão na sexta e sétima etapas, sempre são consideradas pelos pilotos como as mais complicadas de toda a prova. Em 2010, os longos desafios terão, ao todo, 534 e 528 quilômetros respectivamente.
O mais difícil sempre é quando nós entramos no Jalapão, já que a etapa maratona está dentro desta região. Fazer quase mil quilômetros sem apoio é bem complicado, porque você tem que tomar mais cuidado para conseguir terminar tudo, disse Carlo Collet, nove vezes participante da prova na categoria quadriciclos.
Bianchini, por outro lado, acredita que, mesmo com as dificuldades da maratona, outras partes poderão ser mais complicadas. Pelo que o Marcos (Moraes, diretor da Dunas Race) falou, a especial que irá até Sobral, com muitas estradas ruins, deve ser uma das mais complicadas, afirmou. Mas é nesses dias que a experiência conta e, como terão muitas pessoas novas no rali, devemos aproveitar para conquistar posições, completou.
1º dia (11/08, quarta-feira) – Goiânia (GO) Caldas Novas (GO)
DI. 34,40 km
TE. 133,60 km
DF. 36,66 km
Total 204,72km
2º dia (12/08, quinta-feira) – Caldas Novas (GO) Unaí (MG)
DI. 39,33 km
TE. 214,32 km
DF. 192,52 km
Total 446,17 km
3º dia (13/08, sexta-feira) – Unaí (MG) Alto Paraíso de Goiás (GO)
DI. 29,65 km
TE. 220,05 km
DF. 167,30 km
Total 417,06 km
4º dia (14/08, sábado) – Alto Paraíso de Goiás (GO) Dianópolis (TO)
DI. 2,51 km
TE. 240,03 km
DF. 114,00 km
Total 356,54 km
5º dia (15/08, domingo) – Dianópolis (TO) Palmas (TO)
DI. 28,00 km
TE. 201,51
DF. 226,08 km
Total 455,59 k
6º dia (16/08, segunda-feira) – Palmas (TO) São Felix do Tocantins (TO)
DI. 108,68 km
TE. 423,74 km
DF. 2,25 km
Total 534,85 km
7º dia (17/08, terça-feira) – São Felix do Tocantins (TO) Balsas (MA)
DI. 12,23 km
TE. 500,78 k
DF. 6,73 km
Total 519,74 km
8º dia (18/08 quarta-feira) – Balsas (MA) Teresina (PI)
DI. 178,00 km
TE. 182,91 kmDF. 293,92 km
Total 654,83 km
9º dia (19/08, quinta-feira) – Teresina (PI) Sobral (CE)
DI. 70,23 km
TE. 244,96 km
DF. 137,67 km
Total 452,86 km
10º dia (20/08, sexta-feira) – Sobral (CE) Fortaleza (CE)
DI. 43,13 km
TE. 124,13 km
DF. 228,34 km
Total 395,60 km
Total da Prova – 4.437,96 km
Total de Especiais – 2.486,03 km
Percentual 56%
Este texto foi escrito por: Caio Martins