Riamburgo e Lourival em Lisboa (foto: Renato Mendes)
Direto de Lisboa (Portugal) – Para os brasileiros Riamburgo Ximenes e Lourival Roldan a primeira etapa portuguesa do rali é de reconhecimento e prudência. A dupla teve somente duas horas para testar o carro em Portugal, e reconhece que nada se define na Europa, mas sim na parte Africana da prova.
Sobre a transição do Marrocos para a Mauritânia, Lourival informa sobre o alto risco de cortes em pneus face ao terreno que encontrarão, uma etapa de muito trial. Porém gradualmente as pedras vão dando lugar a uma areia grossa e já na Mauritânia encontrarão condições de terreno que trazem perigo de atolar em função da areia fina e fofa.
Essa passagem será realizada a noite, o que torna a etapa muito cansativa, já que rodar a noite no deserto não é tarefa fácil. O esforço e atenção exigidos nesta transição são necessários para iniciar a especial na manhã seguinte, um trecho longo e de muita areia.
Estamos apostando nas etapas de areia, são aquelas que definem o rali, e onde existem as verdadeiras dificuldades. Vamos fazer um rali comportado na Europa, no Marrocos um rali de regularidade sabendo administrar o tempo, e quando chegar nas etapas de areia vamos fazer o que sabemos, comenta o piloto Riamburgo, considerado especialista em areia no rali brasileiro.
Peterhansel e Coma – O piloto francês Stephane Peterhansel é prudente quando informa que considera a segurança o fator mais importante para esta primeira etapa do rali, em detrimento da possibilidade em atingir os limites do carro para ganhar alguns segundos ou minutos de vantagem sobre os concorrentes. Uma quebra logo no início pode comprometer as etapas subseqüentes, afirma.
Quando questionado sobre a pressão que sofrerá, o espanhol Marc Coma, atual campeão, diz que precisa estar preparado pois já sabe o que é ganhar, e destaca como principal adversário Cyril Despres, da França, atual campeão do Rally dos Sertões.
Este texto foi escrito por: Renato Mendes