Tozeur – Os integrantes da equipe Petrobras Lubrax aproveitaram a viagem de 30 horas de travessia do Mar Mediterrâneo da Espanha, na Europa, à Tunísia, na África, para repor as energias no Rally Paris-Dakar. Eles desembarcaram na manhã de domingo no porto da cidade de Tunis rumo à parte mais difícil da competição, o Saara. A partir de hoje serão aproximadamente 7.000 quilômetros até Sharm El Sheikh, onde termina a prova dia 19 de janeiro.
Não tinha muito o que fazer a não ser comer, dormir e fica andando pelo barco, contou Petr Vodak, piloto do caminhão de assistência com o mecânico paulista Geraldo Lima. Eu também dormi bastante, completou Lourival Roldan. Embora monótona, a viagem foi bem interessante porque aproveitamos o tempo para conversar e trocar idéias com outros competidores. Durante o rali não haverá muito tempo para isso, disse.
Após o desembarque, todos os veículos da competição ficaram expostos em um estacionamento em frente ao porto e depois seguiram para o centro de Tunis. De lá largaram para a primeira especial da prova, com 25 quilômetros, rumo a Tozeur.
No caminho, o primeiro impacto do que vem pela frente. A civilização encontrada em Tunis, que conta com grandes redes internacionais de hotéis, foi perdendo lugar para a paisagem bege do deserto.
Hoje a caravana passa a noite em Tozeur e na segunda-feira segue para El Borma. Serão 494 quilômetros no total, com 285 cronometrados. O trecho vai inaugurar a temporada de dunas, a parte mais difícil do Dakar.
Este texto foi escrito por: Ricardo Ribeiro – De Tozeur (Tunísia)