A Polícia Civil de Araguari (MG) abriu um inquérito para investigar a responsabilidade pela morte da estudante Letícia Santarém Amaro Rodrigues, 20, ao pular de bungee jump.
O acidente ocorreu no domingo (3), quando ela saltou do pontilhão ferroviário entre os municípios de Araguari e Uberlândia, na região do Triângulo Mineiro. Uma peça do equipamento rompeu, fazendo com que ela caísse de uma altura de aproximadamente 50 metros.
A jovem chegou a ser socorrida pelo pelo pai, Lineu Amaro Rodrigues –que a acompanhava e teria registrado em vídeo o salto–, mas não resistiu aos ferimentos e morreu horas depois. Segundo a Polícia Civil, Letícia seria a primeira a saltar de um grupo de seis pessoas e teria sido a primeira vez que ela praticou bungee jump.
O corpo foi enterrado segunda-feira (4) em Campinas (95 km de São Paulo), onde nasceu. Ela morava com a família em Uberlândia havia alguns anos.
O pontilhão é usado com freqüência por jovens para a prática do bungee jump. O local fica a cerca de dez quilômetros do centro do município de Araguari e faz parte da malha da Ferrovia Centro-Atlântica.
“Vamos nos apegar [nas investigações] à utilização de um local público sem autorização do responsável e apurar se quem ministrou o curso [preparatório para o salto] e quem promoveu o evento observou ou não as normas de segurança”, disse o delegado Nilson Inácio Pereira.
Segundo ele, a empresa promotora do salto também pode ser responsabilizada pela morte e responder a processo por homicídio culposo (sem intenção de matar).
O advogado Rodrigo Pereira da Silva, que representa a empresa Azimuth Adventure, de Uberlândia, que promoveu o salto, disse que houve uma falha no equipamento do salto e que todos os procedimentos de segurança foram seguidos pelo instrutor Ricardo Nardin da Fonseca, que acompanhava o grupo da estudante. Pereira da Silva afirmou ainda que o equipamento tem apenas três meses de uso e foi entregue à perícia ontem à tarde.
Este texto foi escrito por: Webventure
Last modified: julho 5, 2005