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Por estratégia, barcos da Ericsson saem do radar na costa brasileira

Redação Webventure/ Vela

Equipe Ericsson usa estratégia nas últimas milhas (foto: Guy Salter/ Ericsson Racing Team)
Equipe Ericsson usa estratégia nas últimas milhas (foto: Guy Salter/ Ericsson Racing Team)

Vencer a maior etapa da história da Volvo Ocean Race composta pela passagem pela Linha do Equador e sua estagnação de ventos, diferentes condições climáticas, que vão do calor ao frio extremo, ondas gigantes, ventos de mais de 100km/h, falta de ventos, Cabo Horn, tudo isso em 40 dias em alto mar e ainda tendo que conviver com mais dez homens dentro de um barco e sofrendo com a escassez de alimentos é não ser um simples vencedor de uma etapa da volta ao mundo, e sim ultrapassar por todos os desafios na frente de toda a flotilha com um espírito heróico. E para alguns barcos vale tudo. Para os barcos da Ericsson Racing Team, o Ericsson 3, de Magnus Olsson, e o Ericsson 4, de Torben Grael vale dar a última cartada na estratégia já na costa brasileira.

Faltando cerca de 170 milhas para a chegada ao Rio de Janeiro para Olsson e pouco mais de 240 milhas para Grael, quando completarão 23 mil quilômetros entre China e Brasil, os barcos entraram em StealthPlay, um mecanismo que some com os barcos do radar por 12 horas, para que eles possam fazer a estratégia escolhida sem que os concorrentes saibam para onde eles estão indo. A previsão era de que eles chegassem a Marina da Glória na noite desta quarta-feira (25).

Esta é a segunda vez que Grael utiliza o Stealth Play na Volvo. A primeira tinha sido na aproximação da Cidade do Cabo, na África do Sul, fim da primeira perna da regata.

Atrás dos dois barcos está o Puma, de Ken Read, que encara ainda mais de 300 milhas para o fim da etapa. Green Dragon é o quarto colocado, com uma desvantagem de 378 milhas para o fim, com o Telefonica Blue na última posição, faltando 559 milhas náuticas para chegar ao Rio de Janeiro.

Invocado com a situação angustiante no mar, graças a falta de vento, Ken Read continua contestando os “deuses do vento” sobre a condição em que eles se encontram. “Nós temos escolha. Ou sentimos pena de nós mesmos e reclamamos das condições, dos ventos e de tudo que atrasa a nossa chegada no Rio, ou encaramos essa situação da melhor maneira que pudermos. Continuamos na regata, continuamos a fazer nosso trabalho”, disse.

Para Ian Walker, comandante do Green Dragon, o problema passa a ser maior. “Calculamos que temos combustível para mais seis dias”, alertou.

Este texto foi escrito por: Redação Webventure

Last modified: março 25, 2009

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