O comboio partiu de São Paulo, mais precisamente do Estádio do Pacaembu, na noite do último dia 11 de julho, com um total de 763 pessoas que, de uma forma ou de outra, estavam decididas a participar do Rally Internacional dos Sertões 2000.
São pilotos e navegadores, equipes de apoio, imprensa e o staff da organização que durante 12 dias têm de se deslocar uma média de 500 quilômetros diários, desmontar e montar todo o circo do Rally e a estrutura de trabalho.
Para essa movimentação funcionar, todos recebem mapas e planilhas de navegação, têm reservas de hotel antecipadas, salas de imprensa com fax e linhas telefônicas todas as noites e um constante fluxo de informações e processamento de dados. Só o pessoal de imprensa soma 92 pessoas, a maioria com veículo próprio e alguns em veículos especiais da organização.
Veja abaixo a descrição de todas equipes que realizam o quinto maior rali do mundo.
O Staff do Rally dos Sertões 2000
Cenografia
Composta por 22 pessoas, esta equipe vai para a estrada diariamente no meio da noite para amanhecer já no local onde será a parada seguinte do Rally. Organizam a chegada com os infláveis, faixas, placas e banners, fazem a montagem de tendas, sala de imprensa e o que mais for necessário para garantir o sucesso da chegada. Utilizam dois caminhões e um ônibus.
Técnica
Coordenados pelo diretor da prova, uma equipe de 73 pessoas tem a responsabilidade de garantir que cada etapa aconteça da melhor forma possível. Fechar os trechos das especiais, rebocar carros quebrados, garantir a comunicação da prova, apurar e comunicar os resultados são as principais tarefas dos técnicos.
Socorro Médico
São nove médicos especializados em atendimento pré-hospitalar e sete paramédicos (do exército e do corpo de bombeiros), que estão sempre distribuídos pelo percurso e de prontidão em dois helicópteros.
Veículos do Staff
45 carros, 8 motos, 3 caminhões, 1 ônibus e 2 motor homes
Up Link
Montado numa van, o Up Link é um veículo preparado com uma ilha de edição e sistema de transmissão via satélite que permite transmissão diária de uma hora de imagens pré-editadas para as televisões brasileiras.
Comunicação
Todos os 45 carros da organização estão equipados com rádio-comunicadores, além de 30 rádios portáteis e três monomotores.
Carros Guincho
Estratégicamente posicionados durante a prova, são caminhonetes D-20 erguidas e com duplo amortecimento que removem e fazem socorro mecânico aos carros e motos que quebram no percurso.
Carros Bomba
Duas Mitsubishi L200 equipadas com tanques de mil litros na caçamba fazem o apoio de reabastecimento para os monomotores.
Frota Aérea do rali
Um total de sete aeronaves acompanham a prova, sendo três helicópteros, três monomotores e um bimotor. Este é um Navajo com capacidade para seis passageiros, que parte todos os dias depois da largada e voa diretamente para o destino final do dia transportando pessoas-chave do staff.
Os monomotores são dois Coiotes e um Pelicano, todos com capacidade para duas pessoas incluindo o piloto, decolam antes de começar o trecho especial com uma missão muito importante: fazer uma vistoria geral em todo o percurso fechado para garantir que nenhum veículo ou animal esteja na pista durante a passagem do Rally. Eles também fazem um importante papel de ponte para os rádios em terra, buscando viabilizar a comunicação em toda a extensão da prova.
Um helicóptero Robson 44 especialmente adaptado para trabalhos de filmagem aérea, voa exclusivamente para a produtora da TV Rally, a WN Produções. Eventualmente, ele pode também auxiliar em emergências. Essa tarefa é de Dois Esquilos de busca e resgate da Unimed, sempre de plantão no percurso do dia. Além do piloto, um médico e um especialista em resgate formam cada uma das equipes dos helicópteros. Se por algum motivo os helicópteros não puderem estar presentes na região da prova os trechos especiais são cancelados, como aconteceu no último sábado, quando aconteceu o acidente fatal com Paulo Salles.
O Webmóvel
Responsável pela cobertura oficial do Rally, a Webventure está sempre acompanhando a prova por terra com uma Ford Ranger 4×4 especialmente preparada para o trabalho de transmissão de dados via-satélite.
Este texto foi escrito por: Tomás Gridi Papp