Para enfrentar mais de cinco mil quilômetros de estradas de terra pelos sertões do país, as equipes que participam do Rally precisam mais do que um bom piloto, um bom navegador e um bom carro. Elas necessitam de uma boa equipe de mecânicos, esses profissionais que trabalham muito mais do que se possa imaginar.
Todas as noites, eles fazem uma vistoria completa nos carros. Reaperto geral de parafusos, procura de vazamentos, checagem dos níveis de óleo e sistemas de freio são o trabalho básico. Por vezes, devido a problemas mais sérios de mecânica ou um capotamento ou colisão, o trabalho se estende pela manhã até a hora da largada da etapa seguinte.
Muitas vezes as equipes têm de priorizar alguns concertos, enquanto outros ficam para outro dia. Daí a importância deste dia de descanso do Rally dos Sertões aqui em Palmas (TO). Hoje, que seria o sétimo dia de competição, foi um dia parado dentro da cidade, em que os times tiveram a oportunidade de recuperar os veículos. Alguns mecânicos trabalharam a noite e o dia inteiros para garantir o melhor desempenho possível para os carros e motos.
Sem parar – Segundo Domênico Montalbane, chefe de mecânicos da OGZ Off Road, “é comum passar vários dias trabalhando dia e noite, dormindo nos carros durante os deslocamentos.” Aos 43 anos, ele é dono da Oficina Mecânica Montalbane, especializada em veículos 4×4. Trabalhando em seu quarto Sertões, ele dá as dicas sobre o trabalho dos mecânicos:
Com todo mundo procurando seguir esses preceitos, aqui no Rally tem de tudo, desde equipes superestruturadas, que chegam a ter dois mecânicos para cada carro ou moto, àquelas que dividem um mecânico para dois carros e, num outro extremo, as que os próprios pilotos executam todo o trabalho de manutenção.
Uma coisa é certa, em qualquer equipe que consiga terminar este Rally, o segredo está além do volante e da planilha…
Este texto foi escrito por: Tom Papp