Foto: Pixabay

Por trás da poeira: os Sertões na espiritual Alto Paraíso

Redação Webventure/ Offroad

Durante o pôr-do-sol do último sábado, que veio acompanhado pela lua cheia, as primeiras motos da caravana do Rally dos Sertões começaram a chegar à simpática cidade de Alto Paraíso de Goiás. As equipes de apoio já haviam ocupado suas ruas principais transformando a cidade em um verdadeiro circo para o desfile das máquinas do rali.

Caminhões e tendas preencheram terrenos vazios e praças com geradores, cozinha e, obviamente, mecânicos trabalhando 24 horas. Os bares e restaurantes ficaram lotados até alta madrugada, pois a largada de domingo foi marcada para 10h, um verdadeiro luxo comparado com às costumeiras 05h30 dos dias anteriores.

Localizada 230 km ao norte de Brasília, Alto Paraíso de Goiás é um dos principais cartões-postais do estado e capital do ecoturísmo goiano por ser a porta de entrada para o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. Os principais atrativos turísticos da região são os rios cristalinos e suas cachoeiras, com destaque especial para o famoso Vale da Lua, onde o rio São Miguel esculpiu artisticamente seu leito nas lajes de pedra.

Transcedental – O clima aconchegante da cidade tem um toque especial pela importante presença do misticismo, com vendedores de cristais e incenso por toda parte. Cerca de 40 grupos místicos filosóficos e religiosos estão instalados na cidade, sendo reconhecida pelos espiritualistas de todo mundo como uma das regiões do planeta destinadas a “receber seres escolhidos pelos planos superiores da vida e que podem ser classificados com os artífices da Era de Aquário”.

Alto Paraíso se destaca no Brasil e no mundo como a Capital Brasileira do Terceiro Milênio. O paralelo 14, que atravessa a lendária cidade de Machu Pichu, no Peru, também passa sobre Alto Paraíso, que seria o centro geodésico da América do Sul.

O fato é que o percurso do dia seguinte foi incrível: cruzamos vales, serras e chapadas, em uma região muito pouco ocupada pelo homem. Por vezes, as pequenas cidades ou vilas distam mais de 100 quilômetros umas das outras. Curiosa foi a travessia do rio Paranã utilizando uma pequena balsa, com capacidade para quatro carros por vez. Em sua margem há uma boa praia de areia que surge apenas na época seca e é o motivo para centenas de banhistas da região se reunirem com jet ski e tudo…

Ao fim do dia, já no estado de Tocantins e novamente acompanhados pela lua cheia, cruzamos o imponente Rio Tocantins a caminho de Gurupi e um ótimo pintado na telha.

Este texto foi escrito por: Tomás Gridi Papp

Last modified: fevereiro 21, 2017

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