Trotamundo é vice no Ecomotion 2011 (foto: Daniel Costa/ Webventure)
Direto de Porto Seguro (BA) – Pouco mais de três horas depois da Oskalunga cruzar a linha de chegada, a Trotamundo, formada por atletas paulistas, mineiros e gaúchos, terminou em segundo lugar. O quarteto chegou a liderar a prova em alguns momentos, mesmo com a estratégia de fazer uma prova sem forçar o ritmo.
Viemos para fazer a nossa prova, sem ambição de resultado. Impusemos o nosso ritmo, as outras equipes forçaram muito no começo e foram quebrando. Não fomos nós que aceleramos. Mantivemos o que estávamos pensando em fazer, e deu certo, conta Sabrina Gobbo.
A Trotamundo liderou a prova após as técnicas verticais em Guaratinga, depois perdeu posições por problemas nas bicicletas. Três bikes quebraram, uma delas no trecho de empurra bike, ficou sem câmbio. Precisamos empurrar por 23 quilômetros. Pensamos que havíamos perdido várias posições, mas quando percebemos, 12 horas depois, estávamos no mesmo lugar na classificação geral. Foi uma corrida muito louca, que mudou várias vezes, comenta Sabrina.
Um dia depois, na noite da quinta-feira, a equipe estava novamente na liderança, mas tiveram de descansar durante o último trecho de mountain bike. Um atleta não estava bem, é normal, acontece. O que nos deixou muito felizes foi brigar com equipes brasileiras fortes, além do segundo lugar na maior corrida de aventura do Brasil, conta a atleta.
Visual – Enquanto diversas equipes passavam quebradas por entre as transições, mancando, com expressão de dor e alguns literalmente se arrastando, o que foi possível acompanhar da Trotamundo foram sorrisos, descontração e até trekkings com corridas leves. Esse ritmo vem da cabeça. O psicológico é muito importante em uma prova como essa. Na parte física, sei que tem muitas equipes mais forte que a nossa. Só que procuramos estar aqui para nos divertir, fazer o que sabemos sem pensar em resultados. Dessa forma conseguimos levar a equipe para frente, e o resultado é esse, resume Alexandre Telles.
Ainda deu tempo de tirar fotos, curtir o visual. Agora conheço mais ainda a Bahia, brincou o atleta.
Este texto foi escrito por: Daniel Costa