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PQD: psicologia ajudou Azul do Céu a ser a campeã

Redação Webventure/ Outros

No pódio festejando dois títulos (foto: Luciana de Oliveira)
No pódio festejando dois títulos (foto: Luciana de Oliveira)

“Quando ouvi que estavam falando que éramos os favoritos na final, resolvi que não devíamos dar nenhuma declaração, ficamos quietinhos a semana inteira. Se um de nós confirmasse o favoritismo, seria psicologicamente perigoso, uma pressão a mais.” Quem contou a história acima foi Rodrigo Costa, pára-quedista. Num esporte que há pouco tempo era encarado como um lazer para “loucos” e onde o profissionalismo ainda é para poucos, encontrar atleta que tenha embasamento em psicologia parece impossível… mas na Azul do Céu, equipe campeã brasileira e do Circuito Ford Ranger, é rotina se preocupar não apenas com os saltos.

O time, que treina em Piracicaba (SP), dá show no ar na modalidade de Formação em Queda Livre com quatro pessoas (FQL-4). Mas o trabalho continua em terra, com condicionamento físico em academia e acompanhamento da psicóloga Cinthia Jensen, especialista em esporte. “Ela trabalhou no Corínthians, é a número 1 na área esportiva no Brasil e nos deu assistência por quatro meses”, conta Rodrigo.

Para “limpar o mecanismo” – O resultado desse trabalho foi muita concentração, união e, principalmente “limpar o mecanismo”, como diz o campeão. Trata-se da tática para não dar ouvidos à provocações dos adversários e se concentrar somente no grupo. “A gente se cruza no avião, todos vão juntos pro salto. No caminhão, a gente chega a ouvir e fazer uns comentários para desestabilizar os outros…”, assume o pára-quedista. Na final de ontem, disputada em Campinas, o principal rival da Azul do Céu era a Air Mazing, que acabou sendo vice-campeã.

Mas a guerra psicológica termina com o salto. “Em terra todo mundo é amigo. Mais que isso… chegamos a nos juntar a Air Mazing para vencer na categoria FQL-8”, lembra Rodrigo.

Vivendo do esporte – Agora a equipe pretende encontrar um patrocinador definitivo – tudo tem sido bancado só pela Azul do Céu, que é o nome de uma empresa de pára-quedismo – e visar o Mundial. Pretensão? “Antes eu achava que era sonho, mas com essa dedicação que a gente tem, é possível”, finaliza Rodrigo. Dedicação neste time significa treinar das 7h às 18h todo dia, mais duas horas de exercícios físicos. Tudo por alguns segundos no ar. Haja fôlego!

Este texto foi escrito por: Luciana de Oliveira

Last modified: agosto 28, 2000

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