Paulo Nobre/ Filipe Palmeiro durante 1ª especial do Sertões (foto: Caetano Barreira/ www.webventure.com.br)
Todos os comentários após o primeiro dia do 15º Rally dos Sertões giravam em torno da dificuldade do trecho da primeira especial. Muitos chegaram a arriscar que esta tenha sido a especial mais difícil da história do rali, outros chegaram até a compará-la com o Dakar.
Este é o caso do piloto de caminhão André Azevedo, que chegou a ficar parado na etapa de ontem por mais de duas horas após ter caído numa vala ao lado de uma ponte. Para ele, a especial foi tão dura quanto às etapas do Dakar do Marrocos.
Já o português Filipe Palmeiro, navegador do brasileiro Paulo Nobre, o Palmeirinha, foi ainda mais além. Esta especial foi possivelmente pior que o Dakar. Então foi segurar ao máximo até o final para conseguir chegar, disse ele.
Palmeirinha também concorda e quando se refere a estratégia conservadora utilizada na quinta-feira, usa como parâmetro o Dakar. No Dakar quem anda muito forte no Marrocos acaba quebrando na Mauritânia. Então quer dizer que hoje foi um dia duríssimo, mas quem acelerou muito forte com certeza vai ter problemas nos dias subseqüentes, avaliou.
Palmeirinha/ Palmeiro – A dupla enfrentou diversos problemas durante todo o percurso da especial de ontem, que teve no total 334 quilômetros. Eles tiveram um pneu furado, ficaram sem direção hidráulica e acabaram perdendo muito tempo. Outra coisa foi que o Palmeiro ficou sem o terra trip (instrumento de navegação) dele na metade da especial e aí ele navegou na raça e daí obviamente que a gente fica meio com medo de acelerar em cima da cantada, uma vez que pode ter o erro de cálculo, disse o piloto Palmeirinha.
“Outro fator que é tão preponderante quanto o furo do pneu e da direção hidráulica é que em um determinado momento da especial eu preguei. Estou fora de forma para uma especial como essa e realmente eu sofri bastante, complementou.
Este texto foi escrito por: Daniel Costa e Roberta Spiandorim/ Webventure
Last modified: agosto 10, 2007
