O Projeto de Manejo Pesqueiro, realizado desde 2001 pela empresa de geração e comercialização de energia Duke Energy, trabalha pelo repovoamento dos peixes no Rio Paranapanema. O programa pretende manter a diversidade de peixes e aumentar a produção pesqueira na região.
O repovoamento é feito por meio da reprodução de diferentes espécies em laboratório, cujos espécimes são criados em tanques e, quando atingem as condições ideais, são transportados para o Paranapanema. O procedimento permite que um milhão e meio de novos peixes das espécies curimbatás, piracanjubas, pacus-guaçu, piaparas, piavas três-pintas e dourados, sejam soltos no rio a cada ano.
Além da monitoração da adaptação, crescimento e reprodução dos peixes, o projeto e as pesquisas sobre o ecossistema da região, também é realizado um processo de conscientização da população local para que não pesquem em época de desova (piracema), quando as espécies procriam.
Procedimentos: Na Estação de Hidrobiologia e Aqüicultura da Usina Hidroelétrica de Salto Grande (SP), a equipe responsável aplica hormônios nos peixes em fase de reprodução, o que estimula a desova. Quando os alevinos (filhotes de peixe) chegam ao tamanho adequado, são colocados em tanques para se desenvolvam, até que estejam aptos a viver no rio.
Ao atingirem o tamanho e as condições necessárias, os peixes são transportados até o rio em caixas térmicas, que permitem que não sofram nenhum trauma. “Os peixes são transportados sedados, livres de estresse térmico ou mecânico, já que as caixas contêm um sistema de ondas, evitando choques durante o trajeto”, explica Rodolfo Sirol, coordenador do programa.
As técnicas para reprodução e soltura dos peixes foram estabelecidas a partir de pesquisas realizadas pela Duke Energy, em parceria com as universidades UEL (Universidade Estadual de Londrina), UNESP (Universidades Estadual Paulista) e USP (Universidade de São Paulo).
Este texto foi escrito por: Webventure
Last modified: junho 27, 2006