Vista do Jardim do Éden no Pantanal. (foto: Margi Moss/Divulgação)
O Projeto Brasil das Águas teve a conclusão de sua terceira campanha apenas nos últimos dias do ano passado. A iniciativa dos pesquisadores Gérard e Margi Moss de dar mais vida aos lagos, rios, represas e oceanos do país contou nesta etapa com uma nova estrutura, mais ampla.
Além de utilizarem o Talha-marzinho no ar, Gérard e Margi contaram com o apoio em terra de Alexandre Abreu, com um Land Rover. O atraso na coleta das águas na região do Mato Grosso do Sul se deu por imprevistos e motivos naturais.
Primeiro foram o avião e o carro a retardarem o projeto. Na seqüência, tempestades nas tardes de calor do Centro-oeste e ventos fortes durante quase todo o dia complicaram a missão. A vantagem da chegada das chuvas é o fim de fumaça, o que torna a visibilidade muito grande, explica Gérard.
A 300 metros acima do Pantanal, víamos facilmente 200kms em todos os horizontes. Tínhamos a impressão de quase enxergar os Andes, acrescenta o pesquisador, maravilhado com a planície verde e incontáveis lagoas, rios, igarapés e corixos.
Resultados – Enquanto ao sul de Campo Grande e Corumbá, a maioria dos rios está barrenta, ao norte apenas os grandes rios Paraguai, São Lourenço e Taquari descem carregados de areia e terra vermelha.
O Taquari, então, está tão entupido de areia que a água barrenta é obrigada a achar outro caminho, invadindo os pântanos antes limpos. Não são poucos os fazendeiros que foram obrigados a abandonar suas terras, hoje permanentemente abaixo da água, avalia Gérard.
Este texto foi escrito por: Webventure
Last modified: janeiro 7, 2004