Klever correu com carro a álcool (foto: David Santos Jr)
O brasileiro Klever Kolberg foi o primeiro a correr o Rally Dakar a bordo de um carro movido a etanol. Apesar de ter sido desclassificado no terceiro dia da prova, depois de cortar caminho, o piloto garante que seu projeto caiu no gosto dos concorrentes e o projeto de disputar a prova emitindo menos CO2 pode ser copiada no futuro.
Muita gente ficou interessada no etanol, tanto no Chile quanto na Argentina. Mas como o rali foi bastante difícil, todos tiveram muitos problemas, então não havia muito tempo para pilotos e navegadores ficarem passeando pelo acampamento e bisbilhotar o equipamento das outras equipes, explica Kolberg, que esteve pela 22ª vez no Dakar.
O brasileiro fez mais do que simplesmente acelerar enquanto esteve na edição deste ano. Tinha gente que nem sabia do carro movido a etanol, mas, como já me conhecia de outros anos, perguntava sobre como estava a minha corrida e então eu explicava sobre o projeto. Aí sim vinha o maior interesse, garante.
A novidade surpreendeu a muitos, principalmente europeus. Tinha piloto que não sabia nem se o etanol era líquido ou gás, nem de que matéria-prima ele era derivado, divertiu-se Kolberg. Em algumas situações era até engraçado, porque o etanol é uma coisa já tão comum na cultura do brasileiro, está aí há tanto tempo…
Houve até quem pediu ao brasileiro para pilotar o carro, a fim de saber se havia alguma grande diferença na potência e no desempenho. Algumas equipes disseram que vão me procurar durante o ano para conhecer mais sobre o projeto. Outras tiveram um interesse maior, como os espanhóis da Epslon Team, os portugueses da New Speed e os alemães da Speed Factory. São equipes que têm muita coisa em comum: prestam todo tipo de serviço, preparação, apoio e inclusive aluguel de carros de competição, finaliza, satisfeito.
Este texto foi escrito por: Webventure