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Projetos sociais combatem as necessidades dos sertões


Alexandre Freitas apresenta seu projeto (foto: Andre Pascowitch)

Pérola Gil da equipe Zip explica seu projeto

Alexandre Freitas equipe EMA Brasil explica seu projeto

Vitor equipe Lontra Radical explica seu projeto

Além da aventura de vencer os limites naturais do sertão e da capacidade física, os atletas estarão em contato direto com o povo brasileiro, durante todo o percurso da prova. Entre uma cidade e outra, os participantes do Elf Autentique Aventure conhecerão as carências que fazem parte da região. Muitos irão se surpreender com a falta de necessidades básicas de alimentação, educação e saneamento que afligem a maioria das famílias nordestinas.

Por isso, seguindo a proposta da edição anterior, nas Filipinas, as equipes deverão apresentar projetos sociais, entitulados de intercâmbios, para a integração com as comunidades das cidades que passarão. Cada equipe realizará, pelo menos uma vez, uma ação específica.

Propostas Brasilis

A EMA/ Brasil, por exemplo, irá distribuir cartilhas, livros, brinquedos educativos e material de artes para uma creche com 180 crianças, na cidade de Bom Princípio, Piauí. “Escolhemos uma creche que a organização da prova nos apresentou. Uma que precisa deste tipo de ajuda”, comenta o integrante da equipe, Alexandre Freitas. “Nós trouxemos cerca de 800 kg de material, para no mínimo três meses de trabalho”. A equipe se baseou no modelo de uma creche de São Paulo e tentará aplicar estes conceitos no sertão. Ouça acima na íntegra a entrevista dada por Alexandre Freitas.

Na mesma linha, a Atenah/ Pão de Açúcar irá distribuir 2.000 exemplares do livro “Juca Brasileiro e o Hino Nacional”, de Patricia Secco, para crianças das cidades mais carentes. O objetivo do projeto é incentivar o hábito da leitura através de uma linguagem de fácil compreensão. “O tema foi escolhido em homenagem aos 500 anos do Brasil. Achamos pertinente ensinar as crianças não só cantar, como entender o Hino Nacional, um dos símbolos de nossa pátria”, explica a capitã, Sílvia Guimarães.

“Em regiões como o Nordeste, apesar das crianças irem à escola, não há livros de leitura e nem bibliotecas disponíveis. Nossa intenção é presentear as crianças com o tesouro incalculável do primeiro livro. É, sem dúvida, um presente que ninguém esquece”, finaliza Sílvia.

A equipe Team Zip.Net, por outro lado, doará soro industrializado à três hospitais de Camocim (CE) para combate à desidratação de crianças. A equipe ensinará, também, a comunidade como preparar o soro caseiro.

Já a preocupação da Caloi Lontra Radical Competition é a educação da higiene doméstica. O time do capitão Victor Lopes, irá fornecer 15.000 doses de vacinas contra a verminose e dengue para a Secretaria de Saúde do Estado do Ceará. “Além disso, serão entregues 10.000 cartilhas com noções primárias que evitam uma série de doenças”, conta Victor. A equipe local, Terra da Luz, também promoverá um projeto de intercâmbio baseado na vacinação de crianças menores de 5 anos contra a poliomelite, tríplices bacterianas (difteria, tétano e coqueluche) e viral (rubéola, sarampo e caxumba).

Terra Roxa

Há ainda projetos que educam as comunidades de como se relacionar com o meio ambiente. Um em especial, da equipe Tribo dos Pés, irá utilizar a energia solar para montar uma pequena estação de tv e vídeo cassete nas escolas do sertão. Em parceria com o IDER – Instituto de Desenvolvimento de Energias Renováveis, a equipe fornecerá toda a tecnologia para incentivar o uso de TV Escola nos municípios mais carente e que não dispõem de energia elétrica. “Este é um projeto que irá ficar para sempre”, explica a capitã Anja West.

Outro projeto, da equipe Brasil Firemen, formada por bombeiros, orienta sobre a prevenção e combate à incêndios florestais. Segundo o capitão Valdir Pavão, “só 10% dos municípios brasileiros possuem um corpo de bombeiros. Com as nossas palestras, iremos ensinar as comunidades como evitar queimadas e controlar o fogo”. E com o conceito utilizado no Manifesto 2000 da UNESCO, órgão pertencente a ONU, a proposta da Reebok Endurance Team é educar líderes das comunidades para atuarem no desenvolvimento de ações ligadas à ética, paz e meio-ambiente. “Vamos colher mais de 500 assinaturas nas comunidade para a UNESCO”, afirma o integrante Fabrizio Giovannini.

A iniciativa de integrar os participantes do Elf junto às comunidades locais onde acontecerão as provas, é um bom exemplo do que poderíamos fazer para melhorar um pouco as condições de sobrevivência e contribuir para a região. São projetos simples que tornarão o sertão brasileiro mais vivo.

Este texto foi escrito por: Andre Pascowitch