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Prólogo vai simular o máximo de dificuldades do Sertões


Rêmulo Moreira o Preguiça (foto: Daniel Costa/ www.webventure.com.br)

Direto de Goiânia (GO) – Ao meio-dia de hoje irá começar o prólogo, primeira vez que as equipes poderão acelerar de verdade na 13a edição do Rally dos Sertões. Adilson Kilca, diretor de prova para a categoria Motos aprovou a pista. “Está tudo ok, só achei que ela está muito amarrada por causa da lama”, disse. Esse ano, com a entrada do campeonato mundial, o trabalho de Kilca aumentou. “É mais responsabilidade, mas ao mesmo tempo teremos mais visibilidade, tem tudo para dar certo”, afirma.

“O ideal do prólogo é simular o máximo a competição, o que os pilotos irão enfrentar no rali todo. Seria perfeito se pudéssemos pegar uma dessas estradinhas vicinais e fazer a tomada de tempo lá, mas aí perdemos a vantagem de ter o público perto de nós”, disse.

O diretor de prova também já percorreu os 4.500 quilômetros de percurso do rali e ficou impressionado com a dificuldade de prova. “Esse ano será muito duro. Eu vi todo o percurso e será uma prova muito técnica”, comentou.

Marc Coma – O espanhol Marc Coma, segundo colocado no campeonato mundial da Federação Internacional de Motociclismo, está em Goiânia para competir no Sertões. “Minhas expectativas são sempre as melhores, mas quando cheguei descobri que tinha muita coisa nova para mim no que diz respeito aos equipamentos. Mas será um rali de dez dias e tenho certeza que até lá já estarei acostumado”, disse o piloto.

Ele afirmou também que gosta de correr com apoio do público, como acontece no prólogo. “Passamos dias no deserto, pelas montanhas, longe do público. Ter a oportunidade de correr com o apoio deles é muito bom. É um grande show”, disse o espanhol.

O trabalho da criação da pista começou há um ano atrás. O responsável pela confecção é Rêmulo Moreira, que mora em Goiânia e também construiu a pista do ano passado. “Usei a base do ano passado e fiz algumas mudanças. Para chegar na pista final em 2004 foi um trabalho de mais de um mês”, disse.

Na credencial de identificação, no lugar do nome de Moreira está escrito “Preguiça”. “Esse foi um apelido que o Marcos [Ermírio de Moraes, presidente da Dunas] deu para toda a minha equipe, de 22 pessoas, que ficamos responsáveis pelo fechamento da trilha. Temos esse nome justamente por não ter preguiça de nada, somos pau para toda obra”, explicou. Mais duas equipes ficam responsáveis pelo fechamento das trilhas quando a prova começar.

A pista – No ano passado a única reclamação dos pilotos eram as possas de água na pista do prólogo. “Esse ano nós retiramos a pedido da organização, mas molhamos a pista por causa da poeira”, explicou Moreira.

“Fizemos saltos seguidos de curvas, não está difícil, mas os pilotos vão perceber que não será possível passar pelos obstáculos em alta velocidade. A nossa intenção foi simular o máximo o que eles vão encontrar no rali”, disse.

Este texto foi escrito por: Daniel Costa