A três dias de seu final o Fórum Mundial da Água, que acontece desde o último domingo (16/03) em Kyoto, no Japão, foi momentaneamente interrompido para um protesto contra um relatório sobre financiamento de infra-estruturas chamado “Financiamento de Água para Todos”. O documento sugere que empréstimos internacionais e investimentos públicos devem ser dobrados para que se atinja o objetivo da ONU (Organização das Nações Unidas) de reduzir pela metade o número dos que não têm acesso a água e saneamento, respectivamente 1,1 e 2,4 bilhões de pessoas hoje em dia.
Militantes contrários ao que chamaram de “privatização da água” foram autorizados a falar contra o relatório elaborado por 20 pessoas, entre elas empresários, banqueiros e ONGs, sob o comando do ex-diretor-geral do Fundo Monetário Internacional Michel Camdessus.
“Eles estão focando nas grandes demandas e nos projetos complicados. E ignoram o que os pobres estão fazendo por conta própria, em pequena escala e com muito sucesso”, resumiu Sir Richard Jolly, que já fez parte da liderança da UNICEF e agora dirige o UN-linked Water Supply e Sanitation Collaborative Council.
Os manifestantes aceitaram sair depois de falar e anunciaram uma passeata de 150 pessoas. No protesto, lavaram faixas com os dizeres: “Água sem lucro” (“No profits from water”), “Água para vida, não para guerra” (“Water for life, not for war”) e “Água é um direito humano” (“Water is a human right”).
Este texto foi escrito por: Webventure