Numa prova longa como o Iron Biker os atletas passam horas em cima da bike. É importante que ela seja o mais confortável possível. (foto: Joana Moreira / Arquivo Iron Biker 2001)
Em nova coluna, a biker Gabriela Morelli dá dicas de preparação para provas longas, que marcam o fim da temporada no MTB brasileiro.
Olá, internautas do Webventure! Como vocês sabem, no fim do ano o calendário de competições do MTB nacional é marcado principalmente por provas longas como: Iron Biker, MTB 12 horas e o Campeonato Brasileiro de maratona. Maratona é a nova categoria do mountain bike criada pela UCI (União Ciclística Internacional). São provas estilo “trip trail”, de longa distância (geralmente de 60 a 80 km). O primeiro mundial de Maratona aconteceu neste ano, na Suíça, e a representante brasileira Jaqueline Mourão obteve um ótimo resultado (oitavo lugar).
As opções de bike
Em provas longas, o atleta passa de 3 a 4 horas em cima da bike, enfrenta subidas longas e descidas de até 10 km! Assim, a escolha da bike é muito importante. Nesse ponto caímos naquela velha questão: bike full suspension ou rígida?
Nas competições de Maratona, o que manda mesmo é o conforto do atleta em cima da bicicleta. As bikes full-suspension, ou seja, com suspensão dianteira e traseira, certamente são mais confortáveis que as bikes rígidas (somente com suspensão dianteira).
É preciso muito cuidado na escolha da bike full ideal. Uma das melhores disponíveis no mercado é a Santa Cruz Super-light. O próprio nome já diz, a bike é leve, além disso é muito ágil, ótima para descer e também para subir, pois possui trava em ambas as suspensões. Outras boas opções de bikes full disponíveis são: Scott G-zero e Giant XTC.
Guidão: modelos
Voltando a falar em conforto para provas longas, outra questão vem à tona: guidão alto ou reto? Essa escolha é muito pessoal. Já está comprovado que o guidão alto, estilo downhill, é mais confortável e também proporciona uma melhor resposta da bike em curvas e descidas.
Entretanto alguns atletas se sentem melhor utilizando o guidão reto, mais tradicional. Eu utilizo guidão alto em competições desde o ano passado, tanto para o cross-country como para maratona e melhorei bastante meu desempenho com isso.
Agora, em se tratando de desempenho para provas longas, qual a melhor opção em passadores de marcha: grip shift ou rapid fire?
Em provas estilo maratona não se reconhece o percurso como se faz nas provas de cross-country. Assim, pode acontecer de você estar em uma descida, fazer a curva e dar de cara com uma subida muito íngreme. Nessas horas você precisa de um passador de marchas rápido e ágil, como o grip shift (no qual você muda a marcha como se estivesse acelerando uma moto). Em menos de um segundo você consegue mudar da menor para a maior catraca, se necessário, o que otimiza muito o seu desempenho. Uma ótima opção são os grips da Sram que chegaram com tudo no mercado nacional, como os modelos: X.O, 9.0 e 7.0.
Selim
Outro componente essencial da sua bike para esse tipo de competição é o selim (banco), que precisa ser confortável e anatômico. Existem diversos tipos no mercado. O ideal é você correr a prova com o selim que você já está adaptado para que problemas não atrapalhem o seu desempenho durante a competição.
Depois dessas dicas é só cuidar da alimentação (principalmente à base de carboidratos), treinar bastante e partir para as provas longas!! Não esquecendo de fazer uma boa revisão na sua bike antes e depois da competição, pois nessas provas o desgaste do equipamento é muito grande. Se é para disputar as primeiras colocações ou somente para curtir, não importa, o que vale mesmo é participar! Boa sorte a todos!
Este texto foi escrito por: Gabriela Morelli