Nome: Maurício Venâncio
Idadade: 35 anos
Dúvida: O que muda na pilotagem na chuva? Quais são as técnicas e dicas para pilotar nessa situação?
Resposta: No ajuste do veículo, começo tirando um pouco de pressão do pneu, para que ele tenha mais aderência ao piso. No caminhão tenho a possibilidade de encher e esvaziá-los de dentro da cabine, sendo um processo mais fácil em relação ao carro. Na moto isso dependerá da quantidade de lama do trecho a ser percorrido. Chego a usar 50% da pressão de uso normal para o tempo seco.
Já nos freios, temos que ter cuidado em seu uso para ele ficar mais “manso” nas frenagens e evitar o risco de travar as rodas dianteiras e perder a dirigibilidade do veículo. É necessário pensar nessas frenagens usando mais o freio motor do que os freios nesta situação de diminuição da velocidade.
Nas acelerações eu costumo usar uma marcha mais alta do que estaria em terreno seco, ajudando a distribuir de uma forma mais homogênea o torque e potência do motor. Assim é possível evitar a falta de tração e descontrole do veículo.
Terreno molhado significa na maioria das vezes chuva, ou seja, devemos preparar o veículo para não embaçar o pára-brisa. Já ganhei provas de rali onde tinha um ventilador direcionado para o pára-brisa, imagine você amarrado ao cinto de segurança de 4 ou 5 pontos tentando passar um pano para limpar o vidro do lado interno. Mas gosto dessa situação de andar na chuva principalmente em descidas que dão uma sensação mais forte.
Resposta concedida por André Azevedo, piloto do caminhão da Equipe Petrobras Lubrax. Começou a pilotar em 1976, no Motocross. Em ralis, já competiu em motos, carros e caminhões. Venceu quatro vezes o Rally dos Sertões e já foi vice-campeão do Dakar, em 2003, além de acumular diversos títulos em provas nacionais. Foi o primeiro piloto sul-americano a terminar um Dakar, em 1991. Site: www.brasildakar.com.br.
Este texto foi escrito por: Redação Webventure
Last modified: maio 28, 2008
