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Quasar Lontra se despede do Brasil Wild 2006

Redação Webventure/ Corrida de aventura

Quasar Lontra durante navegação (foto: Daniel Souza/Brasil Wild)
Quasar Lontra durante navegação (foto: Daniel Souza/Brasil Wild)

A Mitsubishi Francis Hydratta Quasar Lontra (SP) já anunciou que não irá correr a terceira e última etapa do Brasil Wild 2006. A equipe tomou essa decisão porque participará do Adventure Racing World Championship 2006, o Mundial da Suécia.

A Quasar Lontra foi a vice-campeã da segunda etapa do Brasil Wild e, atualmente, lidera o ranking do campeonato junto com a SOS Mata Atlântica (SP). No fim de semana passado, o time paulistano começou a competição na 30º posição e finalizou a disputa no segundo lugar. A prova aconteceu de 15 a 18 de junho, nas cidades de Carmo do Rio Claro, Guapé e Capitólio, na região da Serra da Canastra (MG).

Para a atleta Marina Verdini, a disputa foi desafiadora física e mentalmente e uniu beleza, desafio e estratégia. “Foi uma corrida de aventura que eu considero de verdade, pois não teve apenas a parte física, mas foi necessário usar muita estratégia e habilidade de navegação”, comenta.

Problemas – O time enfrentou dois problemas durante o percurso. O primeiro foi um erro de navegação e o segundo, com um duck (embarcação inflável) furado. “Cometemos uma falha na orientação e passamos batido pela entrada de uma trilha. No entanto, isso é normal em corridas de aventura, analiso o deslize como afobação de largada”, explica a competidora.

Com bom humor, Marina brinca: “A primeira falha faz parte do estilo Quasar Lontra de correr, que é sempre errar no começo para buscar o prejuízo e fazer mais força. Com essa falta, chegamos a perder entre 20 minutos e meia hora, o que não é algo tão determinante numa disputa de 200 km”.

A corredora de aventura Marina Verdini acredita que o pior problema foi o duck furado. A atleta lembra que a emenda lateral da embarcação descosturou e descolou deixando um lado do barco murcho.

“Tivemos que ir três no duck bom e puxar o danificado. Como o José Luís Reginato era o mais leve, foi nele e André Iervolino, Rodrigo Martins e eu fomos rebocando. Isso fez com que nós fossemos a 4 ou a 5 km/h no máximo”, recorda.

No entanto, após essa perna, a Quasar Lontra se recuperou até atingir a segunda posição no PC8/AT6 (Sítio do Luís Hermes). A partir desse ponto, o time manteve a colocação e começou a brigar pelo primeiro lugar com a SOS Mata Atlântica. Dali em diante, em média, a Quasar Lontra ficou cerca de 20 minutos atrás da líder, mas não conseguiu virar a prova.

A equipe, que não contou com a participação de seu capitão e navegador Rafael Campos, sentiu a ausência do líder. “Nós demos uma desanimada no final da corrida e depois tivemos um up porque queríamos buscar a vitória”, lembra Marina. “Se o Rafa estivesse com a gente, isso não teria acontecido. Ele é uma pessoa que não desmotiva e não desanima, é ele quem põe o ritmo no grupo. Então, nesse sentido, ele é um cara que fez falta”, analisa.

Na primeira etapa do Brasil Wild, a Quasar Lontra venceu e ganhou 100 pontos. Com a marca, a equipe conquistou a liderança do circuito. A vice-posição da segunda prova deu 87 pontos ao time.

Ao todo, a Quasar Lontra tem 187 pontos e divide o primeiro lugar do campeonato com a SOS Mata Atlântica, que detém a mesma pontuação.

Sobre a aparente derrota, Marina pondera que a equipe não foi campeã, mas fez bonito. “Talvez fiquemos um pouquinho na memória das pessoas. Vou ficar triste por não poder participar da última etapa. Há prioridades e nós queremos representar o Brasil muito bem no Mundial da Suécia”, diz.

A Quasar Lontra correu com Marina Verdini (co-capitã), José Luís Reginato (co-capitão e navegador), André Iervolino e Rodrigo Martins. Acesse o site oficial da Mitsubishi Francis Hydratta Quasar Lontra no www.quasarlontra.com.br.

Este texto foi escrito por: Debora de Lucas

Last modified: junho 21, 2006

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