A Mitsubishi Quasar Lontra (SP) foi a vencedora da etapa Monte Verde do Circuito Brasil Wild 2006. A equipe, capitaneada por Rafael Campos, cruzou a linha de chegada às 10h13 e completou a prova em 23h59 de tempo corrigido. Para Marina Verdini, da Lontra, a competição foi dura, técnica e os corredores precisaram se manter atentos à navegação. Os trekkings em trilhas foram muito técnicos com pedras, galhos, mata fechada e bambu, completa.
Apesar disso, Marina diz que adorou fazer a corrida. Alucinante. A prova foi dura, mas muito equilibrada em termos de modalidades. No momento em que uma (modalidade) começava a cansar, já acontecia uma troca e isso para um atleta é muito importante, dispara.
Mais de duas horas depois da Quasar Lontra, a novata SOS Mata Atlântica (SP) terminou a competição às 12h33. O time, criado em novembro de 2005 por José Roberto Pupo, cumpriu a etapa Monte Verde em 26h19 de tempo corrigido. Para o Zé Pupo, chegar atrás da Lontra foi excelente, tanto como começo e resultado.Nossa meta para 2006 é estar entre as melhores equipes do Brasil e vamos trabalhar para isso, completa.
O capitão da SOS, Marcelo Macuco, lembra que essa foi a primeira vez que os integrantes da equipe correram juntos, além disso, comenta que a maior dificuldade do time foi os trekkings. Eles foram muito puxados. No começo, estávamos naquela adrenalina e saímos queimando músculo. Eu, particularmente, tive um problema de câimbra na primeira perna do trekking. No entanto, a prova foi muito boa, relembra.
Márcio Franco, navegador da SOS, afirma que a orientação foi muito difícil e que o mapa não estava bem plotado. Como as trilhas não estavam bem marcadas, a navegação exigiu do orientador noção e experiência grandes, diz Franco.
A Camelos Sinergia (RJ) atravessou a linha de chegada 13 minutos atrás da SOS Mata Atlântica. Apesar de ter terminado a prova na terceira posição, a equipe não conquistou a colocação. A Quasar Lontra e a SOS Mata Atlântica encontraram o PC6a, o posto de controle virtual, e ganharão um bônus que corrigiu o tempo de prova de cada uma em duas horas.
A Camelos não passou pelo PC6a e seu tempo não foi o bastante para mantê-la no pódio. Mesmo assim, o navegador do quarteto, Philipe Campello, avalia a competição como maravilhosa.
Começamos bem, mas na primeira perna de mountain bike tivemos um problema com o pneu da bicicleta e na navegação, e a partir daí, começamos a perder posições, conta Campello. Quando chegamos ao PC 7/AT6 (Fazenda do Cláudio), estávamos no 19º lugar, mas vimos que ainda era possível conseguir uma boa colocação. Com isso na cabeça, voltamos a ganhar posições através da navegação. Fiquei calmo e comecei a orientar a equipe como se estivesse passeando, analisa.
Expectativas – Marina, da Quasar Lontra, espera que a segunda etapa do Circuito Brasil Wild 2006 seja a “mesma dureza da primeira. Vou me preparar mais psicologicamente, porque para essa eu não estava tão bem preparada, brinca. Marcelo, da SOS, quer que o seu time consiga um bom resultado de novo. Gostaríamos de ficar entre os dez colocados e para isso vamos trabalhar bastante, diz. Mais ousado, Campello afirma que a Camelos vai continuar o treinamento e que com a preparação abrirá a temporada de caça à lontra.
O quarto time a ultrapassar a chegada foi o Sundown Audax (PR) e o Selva NSK Kailash (SP), o quinto. No entanto, o Selva passou pelo PC6a e foi bonificado com a subtração de duas horas de seu tempo de competição e o Audax, não. Com isso a equipe, apesar de ter chegado em quinto lugar, subiu para a terceira posição do ranking, com o tempo corrigido de 28h. A Selva terminou a prova às 14h14 e as classificações da Camelos e da Audax ainda não estão definidas.
A primeira etapa do Circuito Brasil Wild 2006 começou no sábado (11/3), com a largada às 8h14, e terminou no domingo (12/3), às 14h30. A corrida de 167 km teve 12 PCs e 9ATs e contou com a participação de 59 quartetos, compostos com pelo menos um mulher – o que totalizou o número de 236 atletas.
A premiação em dinheiro do Brasil Wild aconteceu ontem (12/3), a partir das 15h. Quasar Lontra, SOS Mata Altântica e Selva – NSK Kailash receberam R$ 2 mil, R$ 1 mil e R$ 500, respectivamente.
Este texto foi escrito por: Debora de Lucas