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Rafael Campos fala sobre expectativa para o Mundial

Redação Webventure/ Corrida de aventura

Luiz Antonio  Marina e Rafael na conquista do segunda lugar na Expedição Mata Atlântica 2001. (foto: Arquivo Webventure)
Luiz Antonio Marina e Rafael na conquista do segunda lugar na Expedição Mata Atlântica 2001. (foto: Arquivo Webventure)

A equipe Mitsubishi Salomon Quasar Lontra segue na próxima quarta-feira (28/07) para o Canadá, onde irá disputar o “Raid the North Extreme”, considerado o Campeonato Mundial de Corrida de Aventura, que terá início no dia 1º de agosto na região de Western Newfoundland.

Os melhores times do mundo irão percorrer 500km em seis dias ininterruptos de prova, praticando as modalidades Orientação, Trekking, Canoagem, Mountain Bike e Técnicas Verticais.

Rafael Campos, capitão e navegador da Mitsubishi Salomon Quasar Lontra falou com exclusividade ao Webventure sobre como será a participação da equipe no Canadá. Confira!

Webventure – Como está sendo a preparação de vocês para o Mundial?
Rafael – Não mudamos nada do que treinamos normalmente, que são duas horas por dia tentando fazer duas modalidades. E aos finais de semana ou a cada quinze dias tentamos fazer um treino longo, como a remada que fizemos dando a volta em Ilha Bela.

Webventure – Qual será a maior dificuldade no Canadá?
Rafael – O frio. A parte de canoagem principalmente, porque teremos um caiaque duplo e dois simples e nunca remamos com esta configuração. Além disso, vamos enfrentar águas de até 5ºC. A embarcação local (Dory) também preocupa um pouco, pois só teremos contato lá. Mas eu pesquisei uma foto dela na internet e ela tem um remo fixo, tipo vicking, então a princípio ela é feita pra só uma pessoa remar. Mas temos que ter vantagem de alguma outra forma, então vamos levar um remo simples pra ver se ajuda. A prova é sem apoio e no frio. Então temos que ter mais alimentos e mais roupas para nos mantermos aquecidos. E o ideal é comermos algo quente a cada um dia e meio, mas acho que vai ser difícil.

Webventure – Você tiveram que aprender alguma coisa pra essa competição?
Rafael – Tivemos que aprender a afastar as baleias. É só fazer barulho e ficar batendo o caiaque para que ela saiba que estamos por ali. O perigo da baleia é ela sair pulando, nadando e soltar aquele jato dela, fazer uma onda, sem saber que você está ali do lado, e isso tem uma grande perigo de nos derrubar. E virar naquela água gelada não vai ser nada gostoso. Temos que tomar cuidado também com os icebergers, porque o perigo é eles desmoronarem e cair.

Webventure – Quantos quilos vocês levam aproximadamente na mochila numa prova dessa, sem apoio?
Rafael – Depende de quanto em quanto tempo encontraremos nossa caixa de suprimentos nas áreas de transição. Supondo que a cada um dia e meio, a mochila fica pesando uns 10 quilos.

Webventure – O que vocês estão esperando para a prova?
Rafael – Assim como está prometendo a organização estamos esperando uma prova com muita navegação e muita estratégia, e a gente gosta disso. Vamos ter que navegar muito e ser criativos. O nível das equipes é muito bom, mas contamos com a inexperiência do frio, ao contrário de muitas equipes concorrentes, que têm inverno de verdade e não terão problemas. Se conseguirmos ficar entre os 12 primeiros colocados que foi a nossa conquista no último Eco-Challenge – será um bom resultado.

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    Este texto foi escrito por: Camila Christianini

    Last modified: julho 22, 2004

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