O rafting consiste em descer corredeiras incríveis em botes infláveis, um contato direto com a natureza e cheio de adrenalina. Os remos são utilizados para nivelar e dirigir a canoa enquanto o grupo desce o rio. São vários níveis de dificuldade determinados por fatores, como as rochas que aparecem no caminho, as turbulências produzidas pela corrente e os desníveis, entre outros.
A aventura costuma começar em certa altura, com rios cujos caules vão de uma parte mais alta a uma mais baixa. Esse desnível faz com que a embarcação deslize em alta velocidade sobre a água, fazendo o rafting ser um esporte que requer muita atenção e cuidados com a segurança.
Os rios apresentam diversas dificuldades. Em alguns casos, a superfície é praticamente plana, uma característica que facilita a prática, por outro lado, tem uns que são mais rápidos, com ondas grandes, rochas e cascatas: nestes casos, o rafting torna-se um esporte só para profissionais.
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Além dos remos, alguns outros equipamentos são essenciais:
Saco Estanque: são sacolas impermeáveis, feitas de borracha, para levar kit de primeiros socorros, remendos para o bote, máquinas fotográficas, roupas para trocar, lanche, entre outros produtos.
Bote Inflável: de borracha e com sistema que faz com que a água saia do bote sozinha. As duas bisnagas servem para dar estrutura ao bote quando ele passar por corredeiras fortes. As peças pretas no chão, na forma de chinelos, são os finca-pés, usados para os tripulantes se fixarem no bote.
Botinha de Neoprene: Pode ser substituída por um tênis velho. A vantagem é que, com a bota, seus pés ficam mais aquecidos.
Coletes: são feitos especialmente para atividade em rios de correnteza. Eles garantem boa flutuação e proteção do corpo em situações como as vividas no rafting.
Remos: são bem leves, feitos de plástico muito resistente, e com cabos de alumínio.
Bomba de Emergência: caso o bote fure, a bomba é usada para enchê-lo de ar, depois do remendo. Serve também para esvaziar totalmente o bote na hora de guardar.
Cabo de Resgate: com 20 metros de comprimento, ele é guardado num saco estanque e jogado na água quando alguém cai do bote.
Capacetes: especiais para rafting e canoagem, os capacetes são superleves e preparados para aguentar ocasionais, e raros, choques nas pedras.
Onde praticar no Brasil?
Foz do Iguaçu
As cataratas do Iguaçu são o principal cenário do rafting brasileiro. Com cerca de duas horas de duração, a modalidade na região é dividida em três etapas: na primeira parte, os aventureiros enfrentam ondas com até 1,5 metros de altura; na segunda: 600 metros após o início existe um surpreendente precipício e, por fim, na terceira parte o esportista curte a calmaria das águas do Rio Iguaçu.
Itacaré
São cinco corredeiras em 3 quilômetros de muita aventura. Itacaré, na Bahia, também é um destino bastante procurado para a prática. Com as descidas realizadas no Rio de Contas é possível aventurar-se em cinco diferentes corredeiras: carrossel, fumo, funil, polonês e salto da pancada.
Bonito
O município localizado em Mato Grosso do Sul, é o destino ideal para quem está iniciando no rafting. O Rio Formoso, mais conhecido da região, possui corredeiras calmas e tranquilas, classificados como sendo do “nível II. Durante o percurso de 7 quilômetros é possível aventurar-se e contemplar a beleza e transparência das águas. O roteiro é formado por cachoeiras e corredeiras.
Rafting na Cidade Dedicada aos Esportes Radicais Localizada no interior do estado de São Paulo, a cidade de Caconde é um importante destino radical paulista.
Escalas de dificuldade
Classe I (Fácil): Áreas com passagens claras, poucos obstáculos (pedras, galhos), ondas pequenas e pouca necessidade de manobras.
Classe II (Médio): Corredeiras de nível moderado com passagens claras, algumas áreas turbulentas e presença de rochas. Pode exigir experiência em algumas manobras, e botes e roupas adequadas.
Classe III (Difícil): Muitas ondas com algumas quedas pequenas. Passagens claras, mas estreitas. Presença de pedras e redemoinhos. Exige experiência em manobras.
Classe IV (Muito Difícil): Corredeiras longas, ondas altas, irregular, pedras perigosas e redemoinhos fortes. Exige manobras difíceis e precisas, além de um instrutor bastante experiente. Obrigatório receber acompanhamento na primeira descida.
Classe V (Extremamente Difícil): Corredeiras longas e violentas, seguindo uma após a outra quase que de maneira ininterrupta. Grandes quedas, correnteza violenta, relevo íngreme. Um estudo prévio é essencial, mas normalmente difícil de ser feito. Exige navegador muito experiente. Todas as possíveis precauções devem ser tomadas.
Classe VI (Não navegável): As corredeiras são perigosas e consideradas como não navegáveis em um nível seguro. Os praticantes podem encontrar ondas e pedras enormes e/ou um número considerável de quedas capaz de causar danos aos equipamentos e na estrutura do barco. As corredeiras de nível VI tem uma probabilidade muito maior de provocar ferimentos graves ou morte. São vistas como uma “aventura suicida”.
Este texto foi escrito por: Gabriel Gameiro