A festa do supertime ao fim do raid. (foto: Arquivo pessoal)
Valendo pela última etapa da Copa Sudeste 2001, esta prova ocorreu no dia 8 de dezembro, com largada promocional na regional da Cantareira, zona norte da cidade de São Paulo. Nossa aventura começou com muita preocupação, pois na semana anterior havíamos competido em outro raid e tivemos graves problemas elétricos em nosso veículo e o tempo não foi suficiente para todos os reparos necessários e termos o jipe em condições de disputar uma prova da Copa Sudeste.
Apesar das dificuldade, tivemos o maior exemplo de amizade e companheirismo de dois colegas nossos, Décio Pedroso e Maurício Lima que, ao tomarem conhecimento dos problemas de nosso jipe, e mesmo já estando inscritos para participarem desta prova na categoria Aberto, abriram mão da inscrição e nos cederam seu jipe.
Óbvio que eles eles não abriram mão de tudo, foram os Zequinhas oficiais. Formamos uma equipe de peso, por sinal o maior da prova: Eu (Fabio), Andrea, Decio, Mau e a Toyota…
O início – A prova teve 6h30 de duração em aproximadamente 95 km na região da Serra da Cantareira. Largamos com o nº 24. Eu nunca havia dirigido uma Toyota, mas começamos bem. Fizemos os primeiros trechos de estrada, o Décio sempre me dando as dicas de até onde ir com giro do motor, onde ligar a reduzida, como desligar, para que servia tantos botões no painel… No começo, sofri um pouco para achar a posição da terceira marcha e várias vezes engatei a quinta ou tive que voltar para segunda.
O primeiro friozinho no coração foi na primeira subida, com poucas erosões e um trator (retro) descendo. Desviei rápido para cima do mato e conseguimos passar. Ufa, a Toyota não balança tanto! Mais algumas trilhazinhas com barro e chagamos ao Pinheirinho, que era navegado o tempo todo. Descemos e subimos o tobogã famoso, com muita tranqüilidade e controle, andamos pelas poças e chegando no topo do cotovelo, a primeira grande emoção.
Em uma roda? – Antes da descida do cotovelo, havia um buraco entre as árvores onde empinamos bastante e ficamos só em duas rodas. Teve quem afirmasse que ficamos só em uma?! (veja as fotos ao lado). Uma pequena ré e saimos da situação.
Descemos pela lado do cotovelo e continuamos zerados até duas poças de lama. Havia alguns carros atolados e nenhum apoio. Ficamos dez minutos até todos passarem pelas poças e o subidão. Neste trecho, o Grande Mauricio quase teve um infarto, pois ele estava fora com a cinta e como estavamos conseguindo tracionar um pouco no subidão, continuamos sem parar e ele teve de subir tudo a pé, puxando a cinta.
Passamos com grande atraso em dois PC’s. Continuamos por várias outras trilhas, indo bem redondo, o entrosamento com a Toyota melhorando… Em alguns PC’s passamos zerados (sem perder pontos), em alguns com um ponto, vários com dois…
Próximo do final, tivemos um probleminha no filtro de diesel e perdemos alguns minutos para o Décio e Mau arrumarem. Tive de acelerar um pouco mais forte para tirar os 12 minutos de atraso e, após dois PC’s, já estávamos no tempo ideal, com alguns corações batendo em ritmo normal de novo…
O maior troféu – Graças aos nossos grandes amigos e seu companheirismo, conquistamos o quarto lugar da prova e, com este resultado e somente porque pudemos competir nesta prova, conquistamos o vice-campeonato na Copa Sudeste 2001, categoria Copa.
Conforme negociamos na largada, o troféu será dividido. Isto mesmo, eles não querem ficar com o troféu inteiro para eles, querem só metade, então vou providenciar o corte. Será o troféu, ou melhor meio, mais inesquecível que vamos ter!!!
Muito obrigado, amigos!
Fábio Vernizi é integrante do Vernizi Off-Road Team (www.vernizi.hpg.com.br) e tem como apoiadores Continental Pneus, General Tire, Grabber MT, Guinchos Work e Formula Academia.
Este texto foi escrito por: Fábio Vernizi
Last modified: dezembro 19, 2001
