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Raineri conta das lembranças de Vitor Negrete no cume do Everest


Vitor e Rodrigo estiveram duas vezes no Everest (foto: Divulgação)

O montanhista Rodrigo Raineri alcançou o cume do monte Everest, o mais alto do mundo com 8.848 metros de altura, no dia 28 de maio, tornando-se o sexto brasileiro a alcançar o topo do mundo, ao lado de Eduardo Keppke, seu amigo e companheiro de escalada.

Para Rodrigo, a conquista foi o encerramento de um ciclo de seis anos, desde quando chegou ao cume do Aconcágua (6.962m) e decidiu que chegaria ao topo do Everest. “Foi um cume demorado, que demorou seis anos, por isso foi uma emoção muito forte. Foi o fechamento de um ciclo de coisas boas e ruins que aconteceram no Himalaia”, contou Raineri.

Em 2006, Rodrigo foi com seu companheiro Vitor Negrete para o Everest, quando resolveu não fazer o ataque ao cume porque sentiu o congelamento dos pés, e Negrete foi sozinho e sem oxigênio suplementar. Na descida do cume, o montanhista não resistiu aos danos da altitude e faleceu, sendo enterrado na montanha.

“Eu estava com a foto do Vitão lá no cume, foi muito emocionante. Fiquei com a memória de um guerreiro lá, porque chegar no topo sem oxigênio é pauleira. Fiquei com a lembrança de uma série de coisas que fizemos juntos e valeu cada segundo que estivemos juntos. Foi muito bom ter o Vitor como parceiro e como amigo por mais de 18 anos”, disse ele na chegada, no Aeroporto Internacional de Guarulhos, no último sábado (7).

Este texto foi escrito por: Lilian El Maerrawi