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Rally Bolpebra para motos vai da Amazônia até os Andes

Redação Webventure/ Offroad

Dificuldades na edição 2005 do Bolpebra (foto: Divulgação/ Odair Leal)
Dificuldades na edição 2005 do Bolpebra (foto: Divulgação/ Odair Leal)

Na noite de ontem aconteceu o lançamento do Rally Bolpebra, prova organizada pela Federação de Motociclismo do Estado do Acre que acontecerá de 24 a 28 de outubro. O nome vem da junção dos países por onde o rali irá passar (Bolívia, Peru e Brasil). A largada acontece em Rio Branco, no Acre, e a chegada é em Cuzco, nos Andes Peruanos.

O rali é aberto apenas para motos e irá valer como etapa de peso dois no Campeonato Brasileiro de Rali Cross-country, assim como o Rally dos Sertões. Até agora a prova já tem 78 inscritos, sendo 28 peruanos, dois da Bolívia e o restante brasileiros.

“Por ser um rali exclusivo para motos, podemos pensar em trilhas e caminhos que com carros e caminhos fica impossível. Essa prova terá vários trechos de trilha fechada, por dentro da Selva Amazônica”, comentou Cassiano de Oliveira, organizador da prova.

O rali – O Bolpebra começou em 2000, “como uma expedição de nove amigos”, lembra Cassiano. Depois teve mais edições em 2001, 2003 e 2004, ganhando o respeito das federações nacionais e internacionais, além de pilotos de diversas regiões do país. Com a entrada no calendário do Brasileiro, a maior prova da região Norte começa a se popularizar também no Sudeste.

Para a edição 2006, a mistura de selva com a Cordilheira dos Andes é outro atrativo. É a primeira vez que o rali irá terminar em Cuzco, antiga capital do império Inca e o terceiro pólo turístico da América do Sul, atrás apenas do Rio de Janeiro e Buenos Aires, na Argentina.

A altitude máxima da prova será 4.700 metros, no topo da passagem pela cordilheira, que será apenas deslocamentos. “Inicialmente esse trecho seria uma especial, mas é uma região que não admite erros, então deixamos apenas como deslocamento. Algumas pessoas podem passar mal no caminho, se fizerem muito esforço, mas geralmente não tem problema algum”, completou Cassiano.

A prova começa em Rio Branco (AC) com vistoria técnica, prólogo que irá misturar uma pista do Campeonato Latino de Motocross com um trecho de três quilômetros já na selva e a largada promocional. No dia seguinte acontece a primeira especial, que termina em Cobija, na Bolívia, 450 quilômetros depois.

De Cobija o rali volta a passar no Brasil, com trechos da Selva Amazônica próximo a fronteira trinacional e o dia termina em Puerto Maldonado, já no Peru. Depois disso as especiais acabam e começa o trecho somente de deslocamento.

Em uma das noites os pilotos irão dormir na vila de Quincemil, com cerca de três mil habitantes, a 800 metros de altitude. O rali ficará acampado e parte no dia seguinte para Cuzco.

Providências – No lançamento da noite de ontem, em uma loja de artigos para moto em Alphaville, os pilotos interessados em participar da prova tiveram dúvidas quanto aos processos alfandegários e logística de transporte e saúde.

Cassiano assegurou que os trâmites alfandegários para a passagem de fronteiras serão feitos pela organização e nenhum piloto terá problemas para chegar nos países vizinhos. Um dos patrocinadores da prova irá garantir transporte gratuito das motos inscritas até Rio Branco.

A vacina contra Febre Amarela é obrigatória para os pilotos inscritos e precisa ser tomada com pelo menos dez dias de antecedência para que faça efeito. Os organizadores da prova falaram que os índices de Malária e Febre Amarela são baixos na região em que o rali vai passar.

Este texto foi escrito por: Daniel Costa

Last modified: junho 7, 2006

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