Palmeirinha terminou especial revoltado. (foto: Aifa/RTF)
Veículos locais e animais foram alguns dos obstáculos da primeira especial do Rally da África do Sul, disputado hoje, entre as cidades de East London e Fish River. Os pilotos e navegadores terminaram o trecho cronometrado de 90 quilômetros furiosos com a falta de segurança do evento, que vale como 2ª etapa do Mundial de Rally Cross-country.
O problema se deu porque os organizadores não isolaram o percurso, gerando insatisfação e preocupação grande das duplas. Os resultados oficiais ainda não foram anunciados, mas extra-oficialmente o piloto brasileiro Paulo Nobre, o Palmeirinha, ficou com a segunda colocação, ao lado do navegador português Filipe Palmeiro.
Eles chegaram cerca de 30 segundos atrás dos noruegueses Ivar Tollefsen e Quin Evans, que venceram a especial. Nem a boa colocação na abertura do rali diminuiu a insatisfação de Palmeirinha. Acho chato criticar uma prova que venho correr pela primeira vez, mas a verdade precisa ser dita”, lamenta.
“Depois de cruzar com três carros dos dez que pegamos hoje na trilha e de quase estampar em uma vaca que atravessou o caminho de uma hora para outra, perdi completamente a concentração”, protesta o brasileiro. “Veio um monte de coisas na minha cabeça e fiquei tenso a cada curva que aparecia. Assim não dá para fazer rali”, completa.
O desabafo do piloto que compete numa BMW X3 segue: “Não se pode brincar com a vida dos outros e nem tão pouco ir correr na casa alheia e ficar expondo a população a riscos totalmente desnecessários. O pior é que a especial de hoje tinha tudo para ser um show, com piso muito bom, muito rápido e com algumas partes sinuosas, feito trecho de rali de velocidade, com alguns poucos lugares castigados pela chuva, com erosões típicas de provas de Cross Country.”
O Rally da África do Sul terá seqüência neste sábado, com uma especial enorme, com aproximadamente 500 quilômetros. A largada e a chegada estão previstos para a cidade de Fish River.
Este texto foi escrito por: Webventure