Trechos de deslocamento serão também pelo asfalto (foto: Caetano Barreira/ www.webventure.com.br)
O Rally dos Sertões 2008 foi apresentado pelo presidente da Dunas Race e organizador do rali, Marcos Ermírio de Moraes, aos pilotos e à mídia na noite desta quinta-feira (24) no briefing da prova.
Algumas novidades farão parte do evento que tem largada marcada para o dia 18 de junho em Goiânia (GO), e chegada em Natal (RN), no dia 27 do mesmo mês, após uma disputa através de 4.474 quilômetros no total.
Esse ano, inclusive, o rali terá um percentual maior de trechos de especial. Serão 2.708 quilômetros de especial, o que representa 60.52% da prova, e 1.766 quilômetros de deslocamento. Em 2007, foram 4.776 quilômetros no total da prova, sendo 2.471 deles de especial, um número que representa 51.73% do total.
Novidades para 2008 – Marcos Ermírio de Moraes contou que o Sertões desse ano terá um novo equipamento acoplado nos veículos de todas as categorias chamado e-Track. Trata-se de um GPS que informa a todo o momento a localização e velocidade dos pilotos através de um mapa digital.
O equipamento ainda permite que o piloto acione resgate de emergência em caso de acidente grave. Mas o acionamento por parte dos pilotos deve ser feito em caso de urgência extrema, pois a partir do chamado deles, o helicóptero irá ao encontro do acidentado, explicou Marcos.
Outra novidade é que o Rally dos Sertões valerá como etapa do Campeonato Mundial de Cross-Country para carros. O evento vale-se da parceria do rali com o Por Las Pampas Rally, que foi cancelado este ano e se juntou à organização brasileira. Por esse motivo, o Sertões tem a siga PLP (Por Las Pampas) no nome.
Além disso, a largada promocional não terá mais show e o prólogo foi passado para a noite e será em forma de Super Prime. O tempo dos veículos no Prime valerá como classificação geral na prova.
Serão dez dias de prova no Rally dos Sertões 2008, que irá cruzar o sertão no país saindo de Goiás e chegando no Rio Grande do Norte. A organização do rali promete alternância entre trechos mais dificultosos e outros mais simples, com menos obstáculos no caminho. A programação é a seguinte:
1º Dia: Goiânia (GO) Santa Helena/ Rio Verde (GO)
Diferente do ano passado, o primeiro dia não será “quebradeira” e não passará pelo Rio Bagagem – para a alegria dos competidores, já que todos têm sérias dificuldades no rio, e para alguns o rali já terminou ali mesmo, no km 90 da primeira especial . “Será uma especial dinâmica, em que a navegação será importante. Vamos passar por essa região de GO pela primeira vez na hostória do rali”, disse o organizador. Terá um Super Prime em Santa Helena.
Distâncias: Especial: 184km/ Deslocamento: 87km/ Super Prime: 1.5km/ Total: 275km
2º Dia: Rio Verde (GO) Aruanã (GO)
Será uma especial travada, com vários trechos de serra, pontes de tora, passagens de rios e muitas erosões. Na segunda metade fica mais rápida, com piso de terra batida dentro de estradas de fazendas. “Serão trechos rápidos, com piso que deixa escorregar e com pouca área de escape. Esse dia já terá um outro ritmo, e com navegação muito importante”, contou Marcos.
Distâncias: Especial: 222km/ Deslocamento: 259km/ Total: 481km
3º Dia: Aruanã (GO) Niquelândia (GO)
“Mais uma vez vamos estar em regiões que nunca passamos. É uma especial de tamanho razoável, esperamos que as primeiras motos completem o percurso em três horas e meia. Será uma especial rápida”, contou.
Distâncias: Especial: 262km/ Deslocamento: 153km/ Total: 415km
4º Dia: Niquelândia(GO) Paranã (TO)/ Etapa Maratona
“Essa é a especial mais difícil que já fizemos na história do Rally dos Sertões. E é etapa Maratona. Terá 60 quilômetros de trial, em uma estrada fantástica, que praticamente nunca foi usada. O nível técnico irá aumentar conforme os quilômetros vão passando. Ela começa mais fácil e termina muito difícil. Alguns trechos nós usamos em edições anteriores da prova, principalmente nos primeiros 40 quilômetros”, adiantou Marcos de Moraes.
Distâncias: Especial: 431km/ Deslocamento: 51km/ Total: 482km
5º Dia: Paranã (TO) Palmas (TO)
Haverá um neutralizado de 60 km de asfalto ligando as duas metades da especial. Irá exigir muita navegação.
Distâncias: Especial: 268km/ Deslocamento: 185km/ Total: 453km
6º Dia: Palmas(TO) Balsas (MA)
Será a maior especial que já fizemos. Iremos no sentido do Norte do Jalapão (TO), com 682 quilômetros no total da etapa. Até os carros terão abastecimento nesse dia. Será uma especial típica do Jalapão, começa rápida e conforme vamos entrando nas areias ela começa a ficar mais travada. Será o primeiro dia em que os competidores irão enfrentar areias de verdade. Depois do 4° dia de prova, esse será o mais importante, alertou.
Distâncias: Especial: 536km/ Deslocamento: 146km/ Total: 682km
7º Dia: Balsas (MA) Floriano (PI)/ Etapa Maratona
Não era para ser Floriano, mas as últimas chuvas na região obrigaram a organização a alterar o percurso por causa de pontes caídas. “Será uma especial com navegação muito precisa, com referências próximas e pouco visíveis, porém terá poucos trechos com risco de quebra”.
Distâncias: Especial: 235km/ Deslocamento: 227km/ Total: 462km
8º Dia: Floriano (PI) Crateús (CE)
Será uma especial rápida, com dois momentos de descida de Serra e curvas fechadas, com pedras e erosões.
Distâncias: Especial: 220km/ Deslocamento: 199km/ Total: 419km
9º Dia: Crateús (CE) Mossoró (RN)
“Já começamos a desacelerar nesse momento, para podermos chegar em Natal com um grupo grande de veículos ainda na prova, explicou Marcos.
Distâncias: Especial: 220km/ Deslocamento: 300km/ Total: 520km
10º Dia: Mossoró (RN) Natal (RN)
“Vamos ter mais um Super Prime no vilarejo de Touros (RN) já na beira da praia, em um terreno de dunas e lagoas. Terá aproximadamente 5 quilômetros Depois segue em deslocamento pela praia. É uma época do ano em que há risco de chuva.
Distâncias: Especial: 130km/ Deslocamento: 190km/ Super Prime: 5km/ Total: 285km
Este texto foi escrito por: Lilian El Maerrawi e Daniel Costa