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Rally dos Sertões: uma viagem no tempo no deserto brasileiro

Redação Webventure/ Offroad

Crianças que moram na região do Jalapão (foto: Tom Papp/ www.webventure.com.br)
Crianças que moram na região do Jalapão (foto: Tom Papp/ www.webventure.com.br)

O terceiro maior rali off-road do mundo está no sexto dia e acabou de atravessar o deserto brasileiro, a região do Jalapão, no norte do Estado do Tocantins. O 13º Rally Internacional dos Sertões levou ao Jalapão, no meio dos 10 dias de rali, 48 motos, 64 carros e 13 caminhões, 125 veículos dos 154 que largaram na cidade de Goiânia, há quase uma semana.

Nesta árida e belíssima região, em que as dunas se confundem com os poucos rios cristalinos, montanhas de arenito moldam uma paisagem selvagem para os competidores. Quem sofre mais são os pilotos de moto, que sentem literalmente na pele o calor do interior país. Ontem, o piloto goiano Fabrício Marchesi se acidentou na prova, quebrando a clavícula.

O terreno não é nada fácil, com muito areal, erosões, lajes de pedras. Os participantes de carros e caminhões reclamaram também das dificuldades. As máquinas poderosas de Guilherme Spinelli (bicampeão) e Palmeirinha tiveram problema no diferencial e na tração 4×4 ontem, imprescindível para atravessar o deserto.

No Jalapão também, o piloto espanhol Marc Coma, que veio pela primeira vez no Sertões, teve de deixar de pilotar sua moto KTM porque a caixa de câmbio quebrou e não há peças de reposição. Mesmo assim o piloto continua acompanhando o rali, de carro, com a equipe de apoio. O deserto é mesmo fascinante.

É bom lembrar que as equipes competidoras e pilotos de moto não passam por áreas de preservação ambiental; passam ao largo dessas áreas, em estradas de fazenda, fechadas para trechos de prova como os do rali. A cidade que o rali deixou hoje, por exemplo, Natividade, é exemplo histórico no centro do país. Em um Estado que tem apenas 17 anos, tem construções históricas que remontam ao século XVIII.

Outro ponto interessante do Rally dos Sertões são as ações sociais próprias, que são executadas todos os dias por uma equipe de 30 voluntários, que prestam assistência médica, odontológica a pessoas carentes da região, em uma das regiões mais pobres do país. Eles também ministram palestras educativas e culturas, bem como teatrinhos infantis e aulas de desenho para crianças. O rali passa e as lembranças ficam para o próximo ano.

Não entendeu o que é rali? Confira aqui o glossário do Rally dos Sertões!

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Este texto foi escrito por: Cristina Degani

Last modified: agosto 5, 2005

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