Direto de São Joaquim (SC) A primeira etapa do Rally Mercosul pegou os mais desavisados de surpresa. No sábado (17), os 40 competidores dirigiram 581 quilômetros entre Ibiúna e Apiaí, já no Paraná. Depois foram até Morretes, litoral do Estado. No total, contando com o deslocamento, foram 12 horas de prova, que passou por estradas difíceis de pilotar. Porém, o visual compensou.
O trecho foi entre uma das serras mais bonitas do Brasil, a da Graciosa na ponta da Serra do Mar, em direção ao porto de Paranaguá. Ontem foi duro, até cheguei a pensar em desistir, diz Esdras Barbosa, da categoria Novatos 4×2. Pensando bem, ele e a esposa resolveram continuar. Melhor para eles, que puderam presenciar no segundo dia outro caminho de encher os olhos. O cansaço pode ter sido o motivo que tirou Nilton Gurman da prova. Ele bateu em um caminhão no trecho, mas não sofreu nenhuma lesão grave, apenas alguns cortes.
O choque da primeira prova de longa distância se espalhou como epidemia e os novatos chegaram em Morretes muito cansados, mas nada que uma boa noite de sono na cidade turística não resolvesse. A voz da experiência falou mais alto e os pilotos da Graduados se saíram melhor.
Ford na Graciosa – Na 4×4, o Ford Ecosport de Robson Gouveia e Luis de Paiva começou na frente e conquistou os pilotos. Edson Menini e Alberto Fadigatti lideraram na graduados 4×2, com o Fiat Dobló. Quem aproveitou o visual pode conferir um caminho de paralelepípedo na descida da Serra da Graciosa, margeado por flores dos dois lados.
A chegada em Morretes foi redenção para a maioria das equipes. Outra imagem que marcou o dia foi a fila de caminhões para o embarque de grãos no porto de Paranaguá, a 40 quilômetros da cidade. A fila tinha mais de 70 quilômetros de extensão, com 2.500 caminhões, aproximadamente.
Este texto foi escrito por: Daniel Costa
Last modified: abril 18, 2004