Ouarzazate (Marrocos) – A quinta-feira será especial para os competidores do Rally Paris-Dakar. Eles enfrentarão uma das etapas mais duras e difíceis da edição 2002, com 1586 quilômetros, ligando Er Rachida e Tan Tan, no Marrocos, e Zouaret, na Mauritânia. Será a mais longa no continente africano este ano. Chamados de “maratonas”, os trechos serão divididos em duas partes. Na primeira delas, entre as duas cidades marroquinas, serão 793 quilômetros (176 de deslocamento, 351 cronometrados e mais 266 de deslocamento).
Na chegada a Tan Tan, todos os pilotos serão obrigados a fazer uma pausa de oito horas. Ali eles poderão se alimentar, tomar banho, descansar e fazer manutenção nos veículos. Após o intervalo, partem com destino a Zouaret, cruzando a fronteira do Marrocos com a Mauritânia. A partir daí são mais 793 quilômetros, com 353 do primeiro deslocamento, 370 contra o relógio e mais 16 quilômetros de deslocamento. Isso significa que os pilotos terão que andar à noite, dependendo da hora de chegada de cada um antes do intervalo de oito horas. Klever Kolberg acredita que essa etapa pode começar a definir o rali. “Elas serão muito difíceis”, afirmou o piloto da Equipe BR Lubrax.
Hubert Auriol, diretor geral do Rally Paris-Dakar, dá a dica para uma boa performance nas etapas maratonas. “Os pilotos vão ter que usar a cabeça. O mais importante é não dirigir de forma estúpida”, adiantou, tentando, no entanto, minimizar a ansiedade dos pilotos. “Será como duas etapas comuns, com um intervalo no meio”, disse, com um sorriso sarcástico nos lábios.
A Equipe BR Lubrax tem patrocínio da Petrobras, BR Distribuidora, Mitsubishi Motors do Brasil, Pirelli, e Eletronet, e apoio das Concessionárias Honda, VAZ Sprockets Chains, Carwin Acessórios, Controlsat Monitoramento de Frotas Via Satélite (Grupo Schahin), Iveco, Minoica Global Logistics, Mitsubishi Brabus, Planac Informática, Nera Telecomunicações, Telenor, Dakar Promoções, Kaerre, Capacetes Bieffe, Lico Motorsports, Vista Criações Gráficas e Webventure.
Este texto foi escrito por: Ricardo Ribeiro / Ana Carolina Vieira