Pode ser a altitude, o excesso de pimenta na comida, as tequilas nas horas de folga, ou o calor infernal. Mas o fato é que o México possui uma das etapas mais ‘carisma’ de todo o calendário do WRC. É lá que tudo acontece. No ano passado, por exemplo, Kris Meeke tinha a vitória nas mãos quando despencou em um estacionamento, faltando menos de 1 km pra bandeirada. Como a vantagem era boa – e ele milagrosamente não atingiu nenhum carro – ainda conseguiu voltar pra trilha e venceu o rali.
É esse tipo de imprevisibilidade que torna o Rally do México tão atraente. A edição de 2018 será disputada neste fim de semana, de quinta a domingo, tomando como base a cidade de León, a 400 km da capital Cidade do México. A Red Bull TV vai mostrar cada detalhe da prova por meio de um programa especial diário no formato on demand (disponível sempre a partir da 1h da madruga no Brasil). No sábado, tem transmissão ao vivo de uma especial, a partir das 13h45.
Mas voltando às doideiras históricas do México, dá pra traçar quase uma linha do tempo. Em 2016, Sébastien Ogier passou perto de atropelar um rebanho de vacas, soltas no meio da trilha. Alguns anos antes, em 2014, Thierry Neuville completou a prova colocando cerveja no carro pra rodar. Isso mesmo: cerveja!
Neuville já havia terminado as especiais cronometradas e estava voltando ao parque de apoio (o chamado deslocamento, que é obrigatório para confirmar o resultado) quando sofreu um furo no radiador. A cerveja que ele tinha no carro era um prêmio da Corona, patrocinadora do evento, pelo terceiro lugar que haviam acabado de conquistar.
O piloto belga consertou o furo no radiador e, como não havia mais líquido de arrefecimento, sua única alternativa foi despejar cerveja no reservatório. Acredite: deu certo. Eles conseguiram percorrer os 33 km que faltavam para o parque de apoio, e puderam celebrar.
Circuito Night Run – Etapa Fortaleza. Inscrições abertas, vem!
Em 2005, o francês Sebástien Loeb sofreu um dano severo na roda traseira direita e teve de improvisar para chegar ao parque de apoio (equivalente aos boxes). Como se estivesse em um barco a vela, o navegador monegasco Daniel Elena resolveu sentar na janela do motorista, para fazer contrapeso e permitir que o carro continuasse andando. E fez isso por todo o trajeto, inclusive nas estradas abertas ao trânsito, que precisou pegar. Adivinhe o que aconteceu? Obviamente foram parados pela polícia. Mas depois de uma longa conversa, os guardas mexicanos cederam e trocaram a multa por uma escolta ao piloto e ao navegador rumo ao parque de apoio.
E em 2018? O que será que vem pela frente?
Um dos atrativos do Rally do México é colocar os pilotos em situações absolutamente diferentes do que eles já experimentaram neste ano. A primeira etapa foi o Rally de Monte Carlo, disputado no asfalto, em janeiro. Depois, veio a Suécia, com os carros andando na neve, em fevereiro. As duas provas com um frio de lascar.
Agora, a turma chega ao México, onde encaram temperaturas de 30ºC e aceleram no cascalho.
Este é também o rali ‘mais alto’ do campeonato: durante a especial El Chocolate, na sexta-feira, os carros vão chegar a 2737 metros de altitude em relação ao nível do mar. Fora o desafio físico do ar rarefeito, tem a perda de potência do motor nessas condições, que pode chegar a 20% (exigindo uma pilotagem mais ‘limpa’, sem erros).
O RALLY DO MÉXICO NA RED BULL TV
No sábado de madrugada (10), 01h00
30 min com os melhores momentos do dia
No sábado à tarde (10), 13h45
Programa especial de 1h30 incluindo a exibição de uma especial ao vivo
No domingo de madrugada (11), 01h00
30 min com os melhores momentos do dia
Na segunda de madrugada (12), 01h00
30 min com os melhores momentos do dia
Last modified: março 12, 2018