Foi lançado o desafio e 21 carros compareceram ao Rally Rota Sul para uma prova diferente: o rali de regularidade. Na categoria Graduados, 13 carros e na Turismo oito, com seus pilotos devidamente habilitados pela CBA. Percurso diferente, velocidade diferente, tudo bem diferente. Mas o espírito off-road, mais afiado que nunca.
“Os competidores tiveram a oportunidade de passar por locais de terrenos bem mais difícil que no Cross-Country”, afirmou Luiz Anchieta, o Luizão, que coordena o Expedition do Rota Sul, categoria de passeio do rali, com apenas quatro carros. O rali de regularidade passou pela Lagoa dos Patos, um contraste das paisagens por vezes cansativas do Pessoal da competição de Cross-Country. A avaliação dos competidores em termos de paisagem foi muito positiva.
Enquanto no primeiro dia, o rali passava pelos trechos de praia e restinga do litoral sul gaúcho, os competidores de regularidade andaram na Estrada do Inferno, conhecido trecho dos roaders de todo país. Mais esburacada que nunca, a BR-101 apresenta neste trecho dificuldades de terreno impensáveis para quem tem como modelo a via Rio-Santos como modelo de BR-101. Os organizadores dizem que a idéia é levar os ralis de regularidade da Dunas Race como etapas do Campeonato Brasileiro de Rali de Regularidade.
Partindo de Mostardas (RS) rumo ao sul, o caminho é pelos 120 quilômetros de muita areia e atoleiros da BR-101, no trecho conhecido como Estrada do Inferno. A estrada federal corta pastagens e alagados entre o Oceano Atlântico e a Lagoa dos Patos e fica praticamente intransitável durante o inverno.
O trecho termina em São José do Norte, cidade histórica e local de uma das batalhas decisivas da Guerra dos Farrapos, de onde se atravessa de balsa para Rio Grande. Hoje, São José do Norte é conhecida pelo forte cultivo de cebolas. De lá, sai a balsa para Rio Grande, por onde os competidores do Rally Rota Sul passaram.
Este texto foi escrito por: Tuca Paraopeba/Webventure
Last modified: abril 10, 2004