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Regularidade rara é a arma de Palmeirinha e Dico

Redação Webventure/ Offroad

Palmeirinha: Se os deuses do rali acharem que tenho de ganhar neste ano  vou ganhar. (foto: Luciana de Oliveira / www.webventure.com.br)
Palmeirinha: Se os deuses do rali acharem que tenho de ganhar neste ano vou ganhar. (foto: Luciana de Oliveira / www.webventure.com.br)

Direto de Araguaína (TO) – Eles sempre foram conhecidos no rali cross-country pela irreverência. Agora, estão sendo reconhecidos pelos resultados. O piloto Paulo Nobre, o Palmeirinha, talvez o mais apaixonado torcedor da Sociedade Esportiva Palmeiras, e o navegador Dico Teixeira, o Miúdo, estão, como diz o primeiro, “incomodando os líderes”. Apresentando uma regularidade que tem sido rara para os favoritos, a dupla agora briga pelo título.

Ontem, Palmeirinha e Dico chegaram a liderar o Rally na geral de Carros por algumas horas, antes de a diretoria de prova cancelar penalizações impostas a outra duplas no dia anterior. Com a classificação atualizada, eles estão na vice-liderança. “Se estou chateado? De maneira nenhuma, estou muito feliz com tudo o que está acontecendo e o que é do homem o bicho não come. Se os deuses do rali acharem que eu tenho que ganhar neste ano, eu vou ganhar. Se não for para eu ganhar, eu posso estar duas horas na frente de todo mundo que vai acontecer alguma coisa”, comenta Palmeirinha.

Como surgiu a dupla – Sintonizada, a dupla se formou em 2001, quando disputou pela primeira vez o Sertões. Foram unidos pelo acaso ou, quem sabe, pelos deuses do rali, que Palmeirinha mencionou. “Eu comecei a fazer rali no finalzinho de 1999, com o Cláudio Valone, o Blau-Blau, goleiro da equipe de futebol que eu tenho, chamada Palmeirinha. Era apenas brincadeira para a gente ver como era esse negócio de rali. Corremos no Mitsubishi Motorsports e em 2000, subimos da categoria Turismo para a Graduados’, recorda. “Em 2001 estava tudo certo para participarmos do Rally, mas três semanas antes do Rally o Blau não pode correr e saí caçando um navegador. Por sorte, isso aproximou o Miúdo (Dico Teixeira) e a gente se deu tão bem que acham que somos amigos de infância”, descreve o piloto.

Retorno – Este é o terceiro Sertões da dupla e os resultados no cross-country começaram a aparecer neste ano. “Logo depois do Sertões 2001 eu quebrei a perna jogando futebol e isso prejudicou nosso segundo semestre. No ano passado, orientado pelo Maurício Neves, da Pro Macchina, eu adquiri a L200 Evolution e disputamos o Campeonato Brasileiro de rali cross-country inteiro. Neste ano quase ficamos em terceiro no Rall Rota Sul (primeira etapa do Brasileiro) quebramos a 50 km do final. Ficamos em segundo no Terra Brasil (segunda etapa) e agora estamos incomodando os líderes no Sertões”, define Palmeirinha, com um sorriso largo emoldurado pelo cavanhaque pintado de verde marca registrada da dupla.

“Quando eu entrei no rali imaginava que este dia ia chegar, mas isso veio muito mais cedo do que a gente esperava. De certa maneira me surpreendi quando começamos a fazer o terceiro e o quarto tempo no dia. Enquanto estávamos liderando hoje não sentimos pressão nenhuma porque é tão fora da nossa realidade. A gente conseguiu curtir isso sem ficar nervosa e sem mudar a nossa tocada. Entramos no rali jogando o nosso futebol. Todo dia de manhã passa a ser zero a zero de novo.”

Mas o que importa é o Palmeiras – O piloto revela sua receita para chegar à ponta: “Quando você faz alguma coisa com o coração, com sentimento, dedicação e determinação, você sempre acaba chegando a algum lugar.” E nunca perde a oportunidade de mencionar a sua paixão número 1. Quando o convidamos a deixar um recado para a torcida da dupla, disparou: “Antes de torcerem para Palmeirinha Off-Road, torçam para o Palmeiras voltar para a primeira divisão que eu ficarei muito mais feliz!”.

Este texto foi escrito por: Luciana de Oliveira / Webventure

Last modified: julho 28, 2003

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