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Repórter da Globo no maior desafio da sua vida

Redação Webventure/ Offroad

Clayton nas areias do RS (foto: André Chaco/Webventure)
Clayton nas areias do RS (foto: André Chaco/Webventure)

Para quem já encarou montanhas de mais de 6 mil metros, como o Aconguágua, correu prá valer corrida de aventura como Ecomotion e EMA Series, travessias de serra e outras Aventuras nada comuns, o repórter da Rede Globo Clayton Conservani acredita que agora sim está encarando um desafio de verdade. Em cima de uma Tornado 250cc, da Honda, ele é o número 52 na competição.

Em entrevista exclusiva para Webventure, Clayton fala sobre sua participação no Rally Rota Sul, onde participa e faz matéria para o Esporte Espetacular. Ele conta que está moído após dois dias de rali e que aceitou o desafio feito pelo piloto Jean Azevedo, tricampeão do Brasileiro de Rally Cross Country.

Redação Webventure – Vamos ao que interessa: por quê participar de um rali? Você já havia feito isso antes?

Clayton – Que nada, aqui tudo é novidade. Fui convidado para estar aqui. A última vez que andei de moto já fazem alguns anos. Eu sei que deveria ter treinado antes e tive todo o incentivo e amparo para isso. Não deu, então, estou encarando isso aqui. Mas estou muito feliz.

Redação Webventure – E como surgiu o convite?

Clayton – Se eu te falar que foi numa brincadeira… (risos). O Jean Azevedo estava no programa da Ana Maria Braga, logo depois de participar do Rally Paris-Dakar. Eu fui cobrir o evento no início deste ano, foi demais. Então, papo vai e papo vem, ele me desafiou para fazer o Rally dos Sertões este ano. Puxa, eu falei, mas o rali é grande demais. Então, fechamos que eu participaria do Rota Sul, que é mais curto, mas não menos difícil nas Especiais.

Redação Webventure – E você aceitou na hora?

Clayton – Bem, ele (Jean) falou que a Mariana Becker já tinha feito o Sertões de carro e agora eu tinha era de fazer de moto. Eu achei ótimo, passar para os telespectadores tudo o que o piloto sente, o que se passa na pele dele. Depois, fechamos isso mesmo, e, como eu também não tenho moto, o Jean fez questão de me treinar no Interior de São Paulo e tal. Mas, não deu. Na verdade, peguei a moto na véspera.

Redação Webventure – Bem, na moto são dois profissionais em um: o piloto e o navegador. Como você está se virando? As Especiais não são fáceis de navegação aqui, principalmente nos trechos de areias.

Clayton – Tenho um piloto me auxiliando, da Ipiranga, o Rafael Capoani, meu anjo da guarda (risos). Mas é sério, o cara está ali, além de filmar, para me auxiliar principalmente na navegação. Se bem que nas areias, ele me ajudou muito, a desatolar a moto e tal. Olha, vou te falar: esse rali, de moto, sem treinos nem nada, foi uma das coisas mais difíceis que fiz em toda minha vida.

Redação Webventure – E como você está em termos de dor? Onde dói mais, o que você sente que mais usou como piloto?

Clayton – Putz, tudo. Na parte interna da coxa, dói. Fiquei um pouco assado também, não é fácil. Para piorar, levei um tombo e a moto caiu na minha perna. Sério: se não fosse aquela bota de proteção, tinha dado fratura exposta, quebrado mesmo. Bem, os braços estão super doloridos, o antebraço, sabe. Fui pegar um vidro de azeite agora e está tudo tremendo! É muito desgastante, sem dúvida.

Este texto foi escrito por: Redação Webventure

Last modified: abril 10, 2004

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