Formação de quatro pára-quedistas em queda livre (foto: Divulgação)
Formação em queda-livre FQL ou TR (Trabalho Relativo)
É a modalidade mais popular e praticada no mundo, apesar das novas modalidades free (livres), como o Freefly e o Freestyle.
A modalidade é dividida em categorias: 4-way, 8-way e 16 way, onde o número representa a quantidade de paraquedistas no salto. O objetivo das equipes é formar figuras. Um camera flyer (cinegrafista) também participa da equipe, mas não das formações, já que a sua filmagem será avaliada pelo juiz.
O ponto de saída e as formações a serem executadas são determinados pela arbitragem.
*Requisitos: categoria B 50 saltos
Trabalho relativo de velames – TRV
O controle de vôo e vento fraco são os principais requisitos para o TRV. A principal diferença para as outras modalidades é nesta quase não acontece queda livre. O momento mais importante é que quando o paraquedas está aberto.
Dois, quatro, oito ou mais atletas executam coreografias com seus velames abertos durante 2 a 3 minutos, proporcionando grande beleza plástica para o público que assiste. Já foram realizadas formações com mais de 70 paraquedistas.
O maior risco da modalidade é quanto ao enrosco dos velames. Velames especiais, com número menor de células, evitam o enrosco.
*Requisitos: categoria C 150 saltos
Freestyle
Uma dupla de paraquedistas executa em queda livre uma série de movimentos parecidos com o balé e a ginástica olímpica. O corpo do paraquedista é usado para fazer manobras tridimensionais. O juiz avaliará as imagens da dupla feitas pelo camera flyer.
*Requisitos: categoria B 50 saltos
Freefly
Essa modalidade lembra a arena de um circo. É fácil ver paraquedistas com as línguas para fora, fazendo caretas, com muita descontração. É uma modalidade recente, e a que cresce mais, atualmente.
Diferente das outras modalidades, onde se voa de barriga para baixo (belly), no freefly tudo é permitido, como voar de cabeça para baixo (head down), sentado (sit), de pé (stand), de lado (back), de barriga para baixo (belly). Todas as posições são válidas no freefly.
As velocidades nesse tipo de queda aumentam consideravelmente, e chegam a cerca de 450 km/h. Nas outras modalidades, a velocidade fica na média de 200 km/h. A alta velocidade e a proximidade dos atletas pode ser muito perigoso caso haja colisão.
*Requisitos: categoria C 150 saltos
Skysurf
Surfe no céu. Assim é o Skysurf. As equipes são compostas por duplas: o skysurfer e o cameraflyer (cinegrafista).
O skysurfer salta com uma prancha especial – 50 cm (iniciante) e 1m 50 (avançado) – para realizar movimentos de giro e rotação. Já o cameraflyer é o responsável pelas imagens que os juizes vão avaliar. Além da filmagem, a performance artística do camera flyer contará pontos para a equipe.
Voar sobre uma massa densa de ar, sobre um vento de 200 km/h, cria uma densidade como se você estivesse na água.
*Requisitos: Categoria C – 150 saltos (depende da progressão do atleta). Mas o ideal é dominar o Freefly para depois iniciar no Skysurf
Big-ways (Grandes Formações)
Os “big-ways” nada mais são do que saltos de Formação em Queda Livre com mais de 30 paraquedistas no mesmo salto. A formação de figuras é difícil devido ao grande número de pessoas no salto, o que dificulta manter a formação estável.
O atual recorde mundial é 246-way (246 pessoas), realizado em Skydive Chicago, em 1998. O recorde só é estabelecido se a formação for mantida por no mínimo 3 segundos, com o número de pessoas planejadas. Ou seja, se saltarem 300 pessoas e só 299 se mantiverem na formação, o recorde continua sendo de 246 pessoas.
*Requisitos: categoria B 50 saltos
Wing suit
O principal objetivo dos paraquedistas é ficar o maior tempo possível em queda livre fazendo performances. Com o wing suit, que começou como uma diversão e já virou modalidade nos Estados Unidos, os paraquedistas estão aumentando consideravelmente o tempo em queda livre, a duração da queda livre praticamente dobra.
O maior tempo de queda livre se deve ao fato de os praticantes do wing suit utilizarem-se de um macacão especial de nylon que une uma perna à outra, formando asas que ligam os braços à cintura, oferecendo maior resistência ao ar e, por consequência, um tempo de vôo maior. No Brasil, como são poucos os praticantes da nova modalidade, ainda não há competições.
*Requisitos: categoria D, acima de 350 saltos
Estilo e Precisão
Normalmente as modalidades estilo e precisão são praticadas juntas.
Estilo é uma sequência de seis manobras feitas em uma ordem pré-determinada: uma curva de 360 graus à esquerda, uma curva de 360 graus à direita, um looping de costas, uma curva de 360 graus à esquerda, uma curva de 360 graus à direita, um looping de costas. Assim que o atleta acaba de realizar as manobras determinadas, ele inicia a Precisão. Na Precisão, o paraquedista guia seu velame para pousar o mais próximo possível de um disco eletrônico com uma “mosca” de 3 centímetros de diâmetro. Há paraquedistas que usam um tênis ou uma bota de borracha pontiaguda no calcanhar para marcar precisamente o ponto exato de impacto ao solo. Atualmente, existem poucos civis praticando essa modalidade. Porém, ainda é fácil encontrar campeonatos restritos a militares.
*Requisitos: Categoria A 20 saltos. Qualquer paraquedista pode praticar a modalidade
Saltos necessários para cada categoria
Categoria A 20 saltos (Estilo e Precisão)
Categoria B 50 saltos (FQL, Big ways, Freestyle)
Categoria C 150 saltos (TRV, Freefly)
Categoria D 300 saltos (Wing suit)
Categoria E 500 saltos
*Vale lembrar, que mesmo o paraquedista possuindo a categoria necessária para a prática da modalidade, é fundamental a presença de um instrutor para o aprendizado.
Este texto foi escrito por: Romena Coelho, especial para o Webventure