David Frétigné foi encontrado na estrada desacordado (foto: David Santos Jr)
Resumo do prólogo e Super Prime (terça, dia 9): Goiânia (GO)
O prólogo, realizado no Autódromo de Goiânia (GO), foi a disputa que definiu a ordem de largada dos veículos no dia seguinte, primeira etapa efetiva do rali: do nono ao último lugar do prólogo já valia como largada da 1ª etapa; já os oito primeiros colocados ainda duelaram no Super Prime, disputa que rolou à noite, no mesmo dia.
Motos
Ike Klaumann (9) foi mais rápido que seu irmão Guto (5) no Super Prime e garantindo sua vaga na semifinal. Mas foi Felipe Zanol (1) que conquistou o primeiro lugar na final: ele venceu Ramon Sacilotti (6), com uma diferença de apenas 5 segundos.
Quadris
Na primeira prova da semifinal dos quadris, José Moura (207) venceu Marcelo Medeiros (205) com poucos centésimos de diferença, travando a disputa mais acirrada do Super Prime.
Carros
A dupla campeã do ano passado na categoria, Guilherme Spinelli e Youssef Haddad (301), conquistou a nona colocação no prólogo e, portanto, não participou do Super Prime. Já Klever Kolberg (327) foi desclassificado do Prime por derrubar um bampi (fita usada para marcar o traçado da pista). Reinaldo Varela (320) correu em seu lugar, contra Jean Azevedo (304). Riamburgo Ximenes (302) foi desclassificado pela mesma razão de Klever. E o carro de Cristian e Beco (312) teve problemas na largada da semi, mas conseguiu arrancar depois de alguns segundos. Eles deram um susto na plateia: na hora da aterrissagem de um salto, o carro passou pertinho do público, mas sem acidente.
Caminhões
O caminhão de André Azevedo/Ronaldo Pinto/Sidinei Broering teve problemas na primeira curva e perdeu cerca de 4 segundos.
Campeões
Os vencedores do Super Prime foram: Felipe Zanol (1) entre as motos; José Demontier Moura (207) entre os quadris; João Franciosi/Rafael Capoani (309) entre os carros e o trio Edu Piano/Davi José De Oliveira Fonseca/Solon Mendes entre os caminhões.
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Resumo da 1ª etapa (quarta-feira, dia 10): de Goiânia (GO) a Pirenópolis (GO)
No primeiro dia de disputa, os pilotos enfrentaram 235 quilômetros entre Goiânia (GO) e Pirenópolis (GO), com 143 de deslocamento inicial, 83 de especial e 9 de deslocamento final.
Motos
Acidente tirou Tiago Fantozzi (12) da competição. O piloto Juca Bala (13), que vinha logo atrás, parou para prestar socorro. Fantozzi foi levado para um hospital em Anápolis (GO). Ele sofreu uma fratura exposta no cotovelo direito. Cinco outros pilotos tiveram problemas de navegação por volta do quilômetro 147. Eles precisaram da ajuda da organização para sair do enrosco, mas perderam a etapa por estourarem o tempo limite de prova. E uma punição mudou o resultado final da primeira etapa: Felipe Zanol acabou como o vencedor oficial.
Quadris
Bruno Sperancini (208) sofreu uma queda no quilômetro 207. Ele lesionou o úmero esquerdo (osso do ombro). Já André Suguita (201) teve problemas mecânicos e abandonou a etapa. E uma punição mudou o resultado final da primeira etapa: Márcio Oliveira acabou como o vencedor oficial.
Carros
O carro de João Franciosi/Rafael Capoani teve um pneu furado. Embora tenha conseguido retornar à prova, por volta das 13h40, o veículo foi ultrapassado pela dupla Jean Azevedo/Emerson Cavassin. Já os carros de Paulo Sergio Lima/Daniel de Andrade e Riamburgo Ximenes/Stanger Eler pararam com problemas mecânico. E Joseane Koerich, navegadora do carro 332, chamou por sua equipe, dizendo que estava com problemas na ignição de seu carro. Logo depois, um caminhão bateu em seu carro. Ninguém se machucou. Ela e a piloto Helena Deyama voltaram para a prova, mas sem a porta do carro. Reinaldo Varela e Eduardo Bampi foram os primeiros a completarem a especial. E dos 59 carros que largaram a prova, quatro não terminaram a etapa.
Caminhões
O carro de apoio do caminhão de Amable Barrasa/Raphael Bettoni/Evandro Luiz Bautz foi autorizado pela organização a trafegar na contramão do percurso da especial, no intuito de conseguir chegar ao veículo parado. Já a distância percorrida pelos caminhões nesta etapa foi menor que a de motos, quadriciclos e carros, por causa das características do percurso. A especial foi bastante dura e pesada, com erosões, valetas e pedras, declarou Guido Salvini, campeão da etapa.
Campeões
Os vencedores da primeira etapa do rali foram: Felipe Zanol (moto); Márcio Oliveira (quadri); Guilherme Spinelli/Youssef Haddad (carro); e Guido Salvini/Flavio Bisi/Fernando Chwaigert (caminhão).
A segunda etapa somou 590 quilômetros entre Pirenópolis (GO) e Porangatu (GO), com 40 de deslocamento inicial, 292 de especial e 258 de deslocamento final. Neste dia, os competidores enfrentaram areia, pedra, piçarra, serra, trechos sinuosos em cristas de montanhas, e triais em pedra e pasto. Foi a etapa mais completa que conseguimos fazer até hoje, disse Eduardo Sachs, diretor técnica da prova.
Motos
O piloto Deni do Nascimento (8) teve problemas mecânicos, tendo de voltar retornar para o local da largada.
Quadris
O dia foi duro para os pilotos de quadriciclo: dos sete que largaram, quatro não terminaram a prova (Marcio Oliveira, Marcelo Medeiros, Charles Ercirio da Silva e Andre Suguita). Este último teve uma colisão frontal com o carro de Luis Eduardo Stedile/Deco Muniz (315). Apesar de não ter se machucado, Andre teve de abandonar a prova. Já o piloto Marcelo Medeiros (205) sofreu uma queda no quilômetro 167 da especial. Ele precisou ser atendido pela equipe médica, que constatou uma luxação em um dos braços. Na hora do acidente, ele contou com a ajuda do também piloto Pedro Bianchi (21). Medeiros não precisou ser resgatado, mas não pode terminar a etapa.
Carros
Um dos casos mais graves do dia foi o capotamento do carro de Willem Van Hees/Doris Van Hees (350), no quilômetro 264. Eles precisaram de resgate aéreo, pois Doris quebrou dois dedos, um com fratura exposta. Já o carro de Stephan Alexander Spremberg/Eduardo Soneca (317) teve problemas mecânicos no quilômetro 265. Eles só conseguiram retornar à prova depois de 35 minutos. A mesma sorte não teve a dupla Riamburgo Ximenes/Stanger Eler (302), que não conseguiu completar a etapa, também por dificuldades mecânicas. E o piloto Paulo Nobre (o Palmeirinha) e o navegador Filipe Palmeiro (314) quase saíram da etapa por causa de uma pedra, que arrancou uma das rodas do carro deles. O pedaço de rocha também danificou o freio dessa roda e eles fizeram os últimos 100 quilômetros apenas com frenagem em três rodas.
Campeões
Os vencedores desta etapa nas quatro categorias foram: Felipe Zanol entre as motos; Tom Rosa nos quadris; Guilherme Spinelli/Youssef Haddad entre os carros; e Edu Piano /Solon Mendes/Davi Jose de Oliveira entre os caminhões.
A terceira etapa somou 455 quilômetros entre Porangatu (GO) e Gurupi (TO), com 66 de deslocamento inicial, 285 de especial e 104 de deslocamento final. A especial começou com um trecho em fazendas e depois entrou em áreas inéditas nos Sertões: passagens estreitas, com pedras e encosta de serra. Em seguida, a prova passou por uma área de mineração e voltou para estradas mais largas, com os últimos quilômetros rápidos, em retas maiores, com lombadas e degraus.
Motos
Os pilotos de moto deram trabalho para a equipe médica neste dia. Paulo Sérgio Scapulatempo (63) abandonou a especial, com a mão machucada. Já Daniel de Oliveira (61) caiu de sua moto no quilômetro 141. Paulo Vieira (104), que vinha logo atrás, parou para ajudá-lo. Daniel fraturou o úmero. E Aroldo Pulze (48) parou em um posto da equipe de apoio, alegando dores na clavícula.
Quadris
Dos sete quadris que ainda estão na disputa, apenas dois não completaram esta etapa: Leonardo Vieira Franco (209) e Charles Ercirio da Silva (211).
Carros
Os carros de número 304 (Jean Azevedo/Emerson Cavassin), 307 (Luis Gustavo Moretti/Neurivan Calado) e 315 (Luis Eduardo Stedile/Deco Muniz) não largaram, pois não retiraram a tempo a cartela de carimbo com a organização. Vários veículos tiveram problemas mecânicos neste dia, como o da dupla Hugo Rodrigues/Kaique Bentivoglio (313), que perdeu uma roda. Já Reinaldo Varela/Eduardo Bampi (320) parou no quilômetro 190 com o pneu traseiro esquerdo furado.
Caminhões
Os caminhões fizeram uma especial mais curta em relação às outras modalidades nesta sexta-feira. O total para os gigantes foi de 216,81, contra 285 para os outros veículos. Cinco caminhões largaram e apenas o de Amable Barrasa/Raphael Bettoni/Evandro Bautz (402) não completou o dia, pois quebrou.
A quarta etapa somou 206 quilômetros entre Gurupi (TO) e Porto Nacional (TO), com 15 de deslocamento inicial, 142 de especial e 49 de deslocamento final. Foi um dia relativamente curto, com uma especial rápida, em estradas de piso bom, com lombas, algumas travessias de rio e poucas zonas de radares. Depois, um miolo mais travado, com navegação, e a parte final, uma estrada de 30 ou 35 quilômetros, de alta velocidade, com piso bom, algumas curvas, travessias de pontes.
Motos
Dia relativamente tranquilo para as motos. Dois pilotos largaram a etapa por problemas técnicos: Juner Rockenbach (100) e Lucas Generosi (101).
Quadris
O piloto Marcio Oliveira (202) também teve problemas mecânicos com seu quadriciclo e precisou da ajuda de equipe de apoio. Em seguida, desistiu da dessa especial.
Carros
Dia também tranquilo. O carro da dupla Maurício Bortolanza/Gustavo Bortolanza (308) teve um pneu furado. Já o de Anderson de Souza/Lourival Roldan (318) caiu em uma valeta, no quilômetro 106 da especial. E o pilotado Leandro Torres (325) teve problemas no radiador de seu veículo.
Caminhões
Cinco caminhões completaram a especial, que foi vencida pelo trio Edu Piano/Davi de Oliveira/Solon Mendes. O sexto caminhão da competição, do trio Amable Barrasa/Raphael Bettoni/Evandro Bautz (402), não conseguiu cruzar a linha de chegada.
Esta foi a primeira etapa de maratona, quando os pilotos não podem ter apoio mecânico durante o dia e, no final da etapa, seus veículos são guardados em um parque fechado. A etapa somou 485 quilômetros, com 144 de deslocamento inicial, 340 de especial e 1 de deslocamento final.
Motos
A navegação foi difícil para os pilotos neste domingo. Paulo Gonçalves (20) e Ike Klaumann (9) se perderam. Mesmo assim, Paulo chegou em terceiro. Já Ronaldo Imay (65) caiu no quilômetro 79 da especial, teve de ser atendido pelos médicos, que constataram que ele não tinha nada de grave. Mas, o piloto teve de abandonar a etapa. O acidente mais grave do dia foi o de David Frétigné (10), que foi encontrado desacordado por outros pilotos. Ele foi socorrido. No hospital, foi encontrado um coágulo em seu cérebro. Ele está acordado e consciente, e passa bem. E duas motos não completaram o dia: Juca Villella (33) e Ronaldo Ymai (65).
Quadris
Dos seis quadriciclos que largaram, Marcelo Medeiros e Andre Suguita não completaram a primeira etapa maratona.
Carros
Os carros também sofreram com a navegação. A dupla Guilherme Spinelli/Youssef Haddad (301) se perdeu logo no começo da especial, no quilômetro 24. O carro de Maurício Bortolanza/Gustavo Bortolanza (308) teve problemas com a bomba de combustível, mas conseguiram voltar à prova. Já a dupla Sven Fischer/João Stal (351) foi obrigada a abandonar a etapa, também por problemas mecânicos. E Cleomano de Sousa e Jorge Santana (357) tiveram o radiador furado do carro.
Caminhões
Os quatro caminhões que largaram conseguiram completar esta etapa. Edu Piano/Solon Mendes (405) confirmou o melhor tempo entre os leves. Entre os pesados, a vitória ficou com Guido Salvini/Flávio Bisi.
Campeões
Com o resultado acumulado, estão na frente do Rally dos Sertões até então: Cyril Despres (moto); Márcio Oliveira (quadris), Rafael Cassol e Lelio Júnior (carros); e Amable, Evandro e Raphael (caminhões).
Este texto foi escrito por: Da Redação
Last modified: agosto 15, 2011