Do Pão de Açúcar à Pedra Branca, passando pela Floresta da Tijuca, as áreas verdes do Rio podem virar um corredor ambiental, uma espécie de superparque. A idéia veio na bagagem da comissão técnica do Parque Nacional da Tijuca (PNT), que há um mês visitou o Parque da Península, na África do Sul. Lá, áreas de conservação ligadas a 14 entidades além de centenas de terrenos particulares vêm sendo administrados desde 1996 pelo South African National Parks, órgão ambiental federal.
O plano será apresentado oficialmente no próximo dia 19 ao grupo de co-gestão do PNT. Em seguida, o coordenador regional do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), Carlos Henrique Mendes, vai levar a discussão à diretoria do Ibama em Brasília. Ele acredita que até o primeiro trimestre de 2000 o superparque – que pode chegar a até 30 mil hectares, o equivalente a 30 mil Maracanãs – comece a sair do papel.
O presidente do Instituto Estadual de Florestas, André Ilha, entusiasmou-se com a idéia. Para ele, o projeto deveria começar a ser implantado com a extensão do PNT a áreas da Zona Sul, como os parques da Cidade, Laje e do Leme.
“Apesar das dificuldades políticas, é uma idéia muito interessante porque reforça o corredor ecológico. Eu vejo a Reserva do Grajaú, por exemplo, como uma das entradas do PNT, apesar de ela estar sob nossa responsabilidade”, disse Ilha.
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