A Rio+10 termina nesta quarta-feira (04/09). Os chefes de estado de mais de 100 países se reuniram em Johannesburgo, na África do Sul, desde o último dia 26 de agosto para discutir a questão ambiental no planeta.
Fazem parte da pauta desta megareunião temas muito amplos como a como a erradicação da pobreza, a mudança dos padrões de produção, consumo e manejo de recursos naturais e o desenvolvimento sustentável. Muitos criticam a cúpula porque, com assuntos tão abertos, poucas conclusões seriam obtidas.
Proteção das espécies – Entre discussões que estão caminhando para se tornar ações está a da biodiversidade. Os países estão entrando em acordo sobre metas para reverter a perda de espécies até 2010.
A maior dificuldade para se chegar a um consenso era que países subdesenvolvidos e ricos em espécies, como o Brasil, se recusavam a adotar medidas nesse sentido. Não tinham garantias de que os benefícios da exploração da fauna e da flora renderia benefícios não só para os países ricos, que já detêm essa tecnologia, como para essas nações. Um acordo internacional de repartição de benefícios foi alcançado ontem pelos ministros do Ambiente.
Também espera-se conquistar a adesão de países para confirmar o Protocolo de Kyoto, que prevê a redução das emissões de gases causadores do efeito estufa. O presidente dos EUA, George W. Bush, que é a principal ausência na Rio+10, não apóia o projeto, alegando que prejudicaria as indústrias norte-americanas.
Brasil fecha acordos – Ontem, o presidente Fernando Henrique Cardoso apresentou a proposta brasileira de energia renovável. A proposta de aumentar para 10% o total de fontes renováveis na matriz energética dos países até 2010 foi derrotada. Mas nesta terça, uma vitória: foi assinado um acordo envolvendo Governo Federal, o Fundo Global Ambiental (GEF), Banco Mundial e a organização não-governamental Fundo Mundial para a Natureza (WWF), assinaram nesta terça-feira um projeto inédito, que deve triplicar a área conservada da floresta amazônica brasileira.
Comentada nos últimos dias na TV, jornais e principais veículos de comunicação do mundo, a Rio +10, ou Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, é o segundo encontro do ONU (Organização das Nações Unidas) a discutir o uso dos recursos naturais sem ferir o ambiente. Ela acontece dez anos depois de um evento semelhante, a Eco 92, que aconteceu no Rio de Janeiro. Coincide também com o Ano Internacional do Ecoturismo, decretado pela ONU.
Cerca de 100 chefes de Estado, entre eles o Presidente Fernando Henrique Cardoso, e mais de 15 mil representantes da sociedade civil e de ONGs (organizações não-governamentais) têm participado. O presidente dos EUA, George W. Bush, é a principal ausência. O Greenpeace distribuiu na conferência adesivos com os dizeres: “Salve nosso planeta. Mande Bush de volta ao dele”.
Um dos maiores objetivos do evento é produzir mecanismos para implementar a Agenda 21, um extenso programa de ação global proposto durante a Eco-92. Entre os temas tratados, estão alguns bastante amplos como a erradicação da pobreza, a mudança dos padrões de produção, consumo e manejo de recursos naturais e o desenvolvimento sustentável.
Este texto foi escrito por: Webventure