Margens do Rio Parnaíba (foto: Bruna Didario)
Além de Jericoacoara e dos Lençóis Maranhenses, os estados do Piauí, Ceará e Maranhão contam com diversas paisagens para todos os gostos. Seja calor na região do sertão, frio nas cidades de serra, sol nas praias nordestinas e o banho refrescante nos rios, as opções são variadas tanto para os turistas que gostam de descanso quanto para os aventureiros.
No Ceará, a capital Fortaleza já é bastante conhecida por seu litoral, ainda reserva praias com pouca concentração de pessoas, como Caucaia, Pecém, Flexeira e Trairi. Além da calmaria, da boa rede de hotéis e pousadas ao longo da avenida da praia, a região tem uma forte procura pelos esportes praticados no mar, com auxílio do vento, como windsurfe e kitesurfe.
Por conta dessas condições, é possível ver inúmeras turbinas eólicas os cata-ventos gigantes que garantem a produção de energia limpa e renovável. Nas praias de Canoa Quebrada, é possível também a prática de pesca e demais esportes à vela; em Cumbuco, típica vila de pescadores, passeios de jangada e também de bugs pelas dunas da região são os atrativos.
Ainda no Ceará – Para quem acha que o Ceará é só calor e muita praia, se engana. As cidades serranas guardam um clima frio e com muita névoa durante a noite e a manhã. Viçosa, por sua vez, prevalecem as altas montanhas a sua volta e as atrações turísticas.
No alto dos morros, muitas igrejas e uma delas chama atenção: a Igreja do Céu (Igreja de Nossa Senhora das Vitórias). A 820 metros de altitude, a igreja localiza-se no Morro do Céu e, para chegar ao topo, é possível realizar a subida dos 360 degraus até o topo, ou chegar de carro. De lá, é possível ter uma vista panorâmica da cidade e das cadeias montanhosas que cercam o local.
A cerca de 50 quilômetros de Viçosa do Ceará, encontra-se Ubajara, também na região serrana. A cidade possui o menor Parque Estadual do Brasil, com cerca de 560 hectares e muitas opções para quem gosta de aventura e diversificada fauna e flora. Entre as atrações do local está o teleférico que leva até a entrada Gruta do Ubajara, destacando a vista panorâmica da região.
A quase 900 metros de altitude, o parque abriga também a Bica do Cafundó e do Ipu, Cachoeira do Boi Morto. Na cidade, fora do parque, muitas pessoas praticam caminhadas pelas ruas tranqüilas dos bairros mais afastados.
Já no Piauí, a cidade de Parnaíba se destaca por ser a segunda mais populosa perdendo apenas para a capital Teresina e também por ter o único delta em mar aberto da América e um dos únicos do mundo. O Delta do Parnaíba fica localizado entre o Piauí e o Maranhão, mas recebe o nome da cidade piauiense.
As semelhanças do Rio Parnaíba (1.485 km de extensão) com o Rio Amazonas, na região do Amapá, são grandes. Alto volume de água, distância das margens e a coloração da água são praticamente as mesmas, e o que realmente diferencia é a forma como é desaguada para o mar.
Antes de chegar ao mar, o Delta forma ilhas com dunas, mangues e pequenas praias. De barco, é possível conhecer grande parte das ilhas e um dos destaques do passeio é a parada em um dos mangues, onde os monitores ensinam aos turistas a catar caranguejo.
A técnica parece simples, mas andar sobre o mangue e pegar a parte certa do animal para não ser beliscado por uma das garras é a tarefa mais complicada. Os catadores trabalham de segunda a sábado e vendem a corda de caranguejo (com quatro unidades) a R$ 2,00. Há variado tipos de crustáceos na região e somente é permitido a retirada para própria alimentação ou para venda e sustento dos catadores, todos cadastrados.
Banho de rio – Em algumas das paradas de barco, é possível apreciar um bom banho de rio. Em partes rasas do local não é possível achar o fundo, com mais de 3metros de profundidade. Nas beiradas, o solo é formado por argila, vinda dos manguezais.
Alguns banhistas aproveitam para passar a argila pelo corpo, usada em vários tratamentos estéticos, para melhorar a pele, principalmente a do rosto. Em uma das dunas, a barraca da Dona Antônia é bastante visitada, por conta de seus doces, cachaças e redes artesanais.
Este texto foi escrito por: Bruna Didario